Premiado pelo INPI, estudo de pesquisadores de Farmanguinhos/Fiocruz sugere mais investimentos em pesquisa e produção do hormônio
O colaborador Carlos Pontes, que atua no Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), foi premiado no X Encontro Acadêmico de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento (Enapid), promovido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Trata-se do artigo Prospecção tecnológica de patentes de medicamentos biotecnológicos: perfil dos principais depositantes de pedidos de patente de insulina, que ele elaborou sob a orientação de Wanise Barroso, a partir da dissertação defendida no Mestrado Profissional em Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica, oferecido pela unidade.
Autor do estudo, Carlos Pontes sugere mais investimentos em pesquisa e produção de medicamentos biotecnológicos, principalmente em relação à insulina (Foto: arquivo)
Segundo Pontes, o trabalho aborda parte dos resultados obtidos na dissertação, denominada Estudo mercadológico e patentário de medicamentos biotecnológicos: o caso da insulina. “A pesquisa teve como objetivo apresentar o cenário mercadológico da insulina dentro do contexto dos medicamentos biotecnológicos. Além disso, analisamos documentos de patente destes medicamentos, depositados no Brasil, Estados Unidos e China”, explica. Ele ressalta que a dissertação ainda gerou outros dois artigos, estes em fase de submissão.
O autor do estudo ressalta a importância do prêmio. “É o resultado de um trabalho muito interessante, realizado com muita dedicação e profissionalismo, por mim e por minha orientadora, Wanise Barroso”, salienta. “Além disso, o reconhecimento obtido com esse prêmio me incentiva, ainda mais, a manter toda dedicação no dia-a-dia profissional, já que aplico muitas das ferramentas utilizadas no trabalho em minhas atividades permanentes no NIT”, conclui.
Mais incentivo à pesquisa – O estudo sugere mais investimentos em pesquisa e produção de medicamentos biotecnológicos, principalmente em relação à insulina, uma vez que há um grande consumo e os preços praticados pelos laboratórios são extremamente elevados.
A partir da investigação, constatou-se que os três principais laboratórios que comercializam insulina, são os maiores depositantes de pedidos de patente. “Ou seja, o depositante (empresa) que domina a tecnologia de determinada área consegue vantagem competitiva, face aos concorrentes. Logo, devem ser incentivados Pesquisa e Desenvolvimento, bem como a proteção da propriedade industrial no país”, avalia Carlos Pontes.