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Atualização acontecerá na primeira semana de julho

Serão cursos de Cadeia produtiva de plantas medicinais e Gestão ambiental na indústria farmacêutica. 25 vagas por curso. Confira


Os editais dos Cursos de Atualização da II Escola de Inverno de Farmanguinhos já estão publicados. As inscrições, para os cursos de Cadeia produtiva de plantas medicinais e Gestão ambiental na indústria farmacêutica, serão de 23 de maio a 09 de junho, através do site www.sigals.fiocruz.br, seguindo o caminho inscrição > presencial > atualização > ITF – Farmanguinhos. As aulas acontecerão de 03 a 07 de julho, com carga horária de 20h, na Sala de Reuniões do Container, em Manguinhos. São 25 vagas por curso.

 

Confira abaixo os editais:

Gestão Ambiental na Indústria Farmacêutica –  professor Paulo Sérgio Lacerda

Período da manhã – das 8h às 12h

 

Cadeia produtiva de plantas medicinais – professores Raquel Elisa López e Leonardo Lucchetti Silva

Período da tarde –  das 13h às 17h

 

A homologação ocorrerá no dia 20 de junho e a matrícula entre os dias 21 e 29 de junho. Após a homologação deverá ser feito um pagamento, referente à taxa de matrícula de R$15 para alunos e R$30 para profissionais.

 

Para mais informações:
Ramais: 5058 / 5044 / 5062 – Elizabeth Santos, Eliane Dib e Cristiane Leite)

E-mail: secensino@far.fiocruz.br

Inovação em medicamentos da biodiversidade

Aula Inaugural acontecerá no dia 10/03, às 10h, na Sala de Conferência, do Complexo Tecnológico de Medicamentos


Fevereiro teve Produtos Naturais e cromatografia

Além do Carnaval, o mês trouxe a II edição da Escola de Verão, que extrapolou o número de inscrições dos cursos e uniu alunos de diversas áreas e lugaresRead More


Simone no PN4 demonstra a capela e complementa a explicação feita em sala de aulaA II edição da Escola de Verão mostrou que fevereiro não é só o mês do Carnaval, mas também de se atualizar e adquirir mais conhecimentos. Não só as temperaturas estão elevadas, mas os números das inscrições também surpreenderam, sendo mais que o dobro de vagas nos dois cursos, que aconteceram entre os dias 13 e 17 de fevereiro, no Container de Pesquisa, em Manguinhos.

O curso de Atualização em extração e isolamento de produtos naturais ocorreu no período da manhã, com aulas da Doutora em Química Orgânica, pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), Simone Valverde, do Laboratório de Produtos Naturais. Simone falou da heterogeneidade da área de Produtos Naturais e do curso. “Em Produtos Naturais, atuam farmacêuticos, biólogos e químicos, e como este conteúdo é mais distribuído nas disciplinas do curso de farmácia, nós observamos que os nossos próprios alunos de iniciação conheciam pouco sobre o assunto e ensinávamos um a um. Fiz um aprofundamento em Metabolismo primário – secundário de plantas, vimos como, porque e pra quê os vegetais produzem estas substâncias e fizemos as classificações químicas. A partir daí, exploramos o conteúdo de extração e isolamento”, detalhou Simone. No curso, participaram doutores, alunos de doutorado, mestrado e graduação, e técnicos formados.

Ela ainda reforçou a importância de explorar os casos reais em sala e os alunos perceberem não só a aplicação, mas também algumas ferramentas, principalmente de cromatografia e espectroscopia, e verem os resultados obtidos com os extratos e frações. Além das aulas teóricas, os conteúdos foram largamente explorados nos Laboratórios de Produtos Naturais, com aulas práticas. “Para compor a aula teórica de extração de óleos essenciais, fomos no Laboratório PN4, que tem a capela de corpo inteiro, a qual chamamos de Walk-in. Ela é ideal porque é bem alta, para montarmos um aparelho sobre o outro, como a manta, um balão, um aparelho de extração de óleos essenciais e depois dois condensadores”, detalhou. Os alunos também visitaram o PN2, onde Simone atua, para prática de cromatografia em camada preparativa, que foi escolhida pelos próprios alunos.

“Estamos aqui para servir e eu penso que tem que ser gratuito mesmo, abrindo as portas para o público em geral. A Fiocruz é um celeiro, com oportunidades de crescimento e precisamos disseminar a pesquisa e explorar mais a área de ensino. Eles tem que acompanhar e sempre buscar estes cursos, que a Fundação disponibiliza no site”, ressaltou Simone.

André Luiz Aurélio, estudante de Licenciatura em Química, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Marcelo Barreto, Bacharelado em Química, em 2011, na Unigranrio, souberam do curso por alunos do Curso de Nivelamento, para a prova do Mestrado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Instituto de Pesquisa de Produtos Naturais. André destacou os pontos altos do curso. “Achei o conteúdo e a troca entre químicos, biólogos e farmacêuticos muito interessantes. Além da oportunidade de fazer este curso gratuito, em uma instituição de renome no país e ainda conhecer o campus”, frisou. Marcelo completou falando sobre as aulas. “Foi muito enriquecedor, com conhecimentos novos, ampliando a nossa visão e o aprofundamento no assunto, que é o meu foco. Achei muito importante nós podermos ver os equipamentos e saber como funciona a parte prática”, disse.

Marcelo Barreto e André Aurélio com olhares atentos às explicações da professora no PN2

Gabriele Neves é servidora de Far, atuando no PN4, e além de fazer mestrado na unidade, participou dos dois cursos

Gabriele Neves, farmacêutica e servidora de Far há dois anos, atua no Laboratório de Produtos Naturais 4, e comenta sobre o diferencial da unidade em estimular o aprendizado dos profissionais. “Foi uma grande oportunidade de me aperfeiçoar, aprender coisas novas e estar em contato com outros profissionais. Para mim, é muito interessante podermos fazer este tipo de qualificação dentro da empresa, pois facilita muito. Certamente estou saindo diferente de quando entrei”, afirmou a servidora, que também é aluna do Mestrado em Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica de Farmanguinhos e participou do curso da Escola de Verão, que aconteceu no turno da tarde.

Este outro curso sobre Atualização em Cromatografia Gasosa (CG) e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) foi ministrado pelo pesquisador em saúde pública, que trabalha com desenvolvimento de fitoterápicos, Davyson Moreira, com participação da professora convidada Alessandra Valverde, da Universidade Federal Fluminense (UFF). A CG e CLAE são métodos científicos usados para analisar amostras e a concentração de moléculas nela. Embora a ideia seja a mesma, os métodos possuem várias diferenças, conceitos, definições e aplicações, que foram abordadas ao longo do curso. O conteúdo é importante para Controle da qualidade de indústrias químicas e farmacêuticas, laboratórios de pesquisas, fábricas de vacinas, imunoderivados, produtos de origem biológica, entre outros.

Davyson comentou sobre a diversidade da turma e a importância de contribuir como pesquisador e docente. “A Escola de Verão permite uma troca de experiência entre alunos de graduação, pós-graduação e profissionais do ambiente de Far e do público em geral. Eles ainda tiveram a oportunidade de conhecer as instalações de nossa plataforma analítica”, explicou. Ele também ressaltou o fato dos alunos poderem ter aulas ministradas por professoras de outras instituições, como a Dra Alessandra Valverde da UFF e a Mestra Marta Rodrigues, da Shimadzu, empresa japonesa.

O Coordenador do Projeto, professor Davi Tabak, contou sobre o interesse e processo para a criação do curso de CG-CLAE. “Há um bom tempo, estávamos verificando a possibilidade de fazer um curso com estes temas. Resolvemos eliminar a parte prática, para que não fosse tão avançado, e que fosse mais inicial, de atualização. Tivemos uma procura grande, com 80 interessados e só tínhamos 25 vagas, devido ao limite da sala. Conseguimos estender até uns 35 alunos e pretendemos a em um segundo momento, dar novamente este mesmo curso, sem abrir novas inscrições, dando a possibilidade de todos os interessados participarem”, destacou. Tabak ainda ressaltou que quando o ensino mudar para Manguinhos, a sala do novo Container será bem maior que a atual, possibilitando mais vagas para este tipo de curso.

Segundo Tabak, 11 alunos se inscreveram nos dois cursos, porque para fazer a extração e isolamento dos produtos naturais, é importante que conheça a cromatografia gasosa e de alta eficiência. “Para quem faz produtos naturais, um complementa o outro. E a cromatografia é muito mais ampla, abrangendo as pessoas de síntese e diversas áreas”, lembrou.

Renata Castro e Carolina Martins buscaram o curso com o intuito de relembrar teorias da CG-CLAE para aplicação na tese de doutorado e no dia a dia do trabalhoRenata Castro, da Farmacologia de Far, em Manguinhos, utilizará a técnica na tese do doutorado que está fazendo na UFRJ. “É uma oportunidade imensurável, pelo valor agregado e o desenvolvimento das atividades, já que é uma disciplina que é muito abrangente. Comecei a trabalhar com esta técnica analítica na minha tese de doutorado e estou tendo uma chance de rever a teoria associada à prática”, contou Renata.

Carolina Martins também Farmacêutica, atua na Farmácia do Instituto Nacional do Câncer (Inca), liberando medicamentos para pacientes internados e faz um paralelo entre o curso e o trabalho. “Quero tentar pôr em prática a parte de análises de pacientes, dando mais segurança ao tratamento dos pacientes e contribuir para o resultado. É importante buscar a técnica para melhorar o nosso trabalho. Estava aguardando uma oportunidade para fazer este curso, relembrar química, adquirir conhecimentos que eu não tinha e ver a aplicação do CLAE em situações que eu nem imaginava”, concluiu.

Tabak explicou que não foi realizada nenhuma seleção técnica, fazendo com que os primeiros que entregassem toda a documentação fossem homologados. Ele ainda falou da importância do comprometimento de após ter se matriculado, não desistir do curso, pois o aluno ocupa uma vaga de alguém que teria interesse e não pode participar do curso. Nos próximos meses, será divulgado o edital da II Escola de Inverno.

Professor Davyson Moreira falou sobre Cromatografia Gasosa (CG) e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), que abrange diversas áreas e teve um grande números de inscritos

 

Fotos: Edson Silva

Contra preços abusivos, a favor da saúde pública

Farmanguinhos/Fiocruz contesta patente do sofosbuvir, medicamento usado no tratamento de Hepatite C

 

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) protocolou, na última semana (6/2), no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), petição com subsídios para impedir a concessão de patente do antiviral Sofosbuvir à empresa Gilead. Indicado para tratamento da Hepatite C, o medicamento evita transplante de fígado, cirrose e câncer hepático. No entanto, o alto custo da terapia por paciente, que hoje é de 7,5 mil dólares aos cofres públicos, restringe o acesso ao produto.

 

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Hayne Felipe argumenta que, com o monopólio, a empresa define o preço livremente (Foto: Edson Silva)

Segundo o diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe da Silva, caso a patente seja indeferida, a instituição estará apta a produzi-lo graças a uma parceria com o Consórcio BMK, formado pelas empresas Blanver Farmoquímica, Microbiológica Química e Farmacêutica e Karin Bruning. No momento, estão sendo realizados estudos de equivalência farmacêutica e de bioequivalência do medicamento.

 

“Esta iniciativa reafirma o papel da Fiocruz enquanto instituição estratégica de Estado e reforça a intenção de produzir localmente produtos prioritários para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde e a sustentabilidade da oferta de tratamento”, destaca Hayne.

 

O Sofosbuvir representa um grande avanço no tratamento da doença. É administrado por via oral, sendo um comprimido por dia num período de 12 semanas, isto é, 84 dias. Além de evitar uma série de complicações, substitui uma terapia menos eficaz, que usa injeções e promove alguns efeitos adversos.

 

Subsídio ao exame – Trata-se de uma apresentação de argumentos técnicos que podem questionar a falta dos requisitos de patenteabilidade: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial, insuficiência descritiva da invenção, e outras irregularidades. Neste caso, Farmanguinhos argumenta a falta de novidade, de atividade inventiva, bem como a insuficiência descritiva a um dos pedidos depositados pela Gilead que reivindica a proteção para o sofosbuvir (veja a petição). Outros subsídios ao exame para o mesmo pedido foram apresentados por grupos da sociedade civil e por empresa nacional.

 

O alto custo do sofosbuvir mobilizou ações em alguns países, principalmente a partir de 2013, quando o medicamento foi aprovado pela Agência Reguladora dos Estados Unidos (FDA na sigla em Inglês) e chegou a custar US$ 84 mil o tratamento, ou seja, mil dólares cada comprimido. Índia, China e Egito, por exemplo, conseguiram evitar que o medicamento fosse patenteado em seus limites territoriais.

 

Aqui no Brasil, graças à iniciativa de Farmanguinhos/Fiocruz e do grupo parceiro, o preço de cada tratamento (84 dias) não chegará a U$ 3 mil. Economia ao Ministério da Saúde significa ampliar o acesso ao medicamento. Atualmente, estima-se que cerca de 1,4 a 1,7 milhão de pessoas vivam com o vírus da hepatite C no país. Muitas delas desconhecem o diagnóstico, a forma como foram infectadas e que existe tratamento.

 

Impactos para a saúde – A concessão de uma patente coloca em monopólio a produção e comercialização de medicamentos que deveriam estar acessíveis para a população. Com a situação de monopólio, os preços do produto deixam de ser determinados pelo custo de produção ou pela concorrência, mas a ser definidos pelo detentor da patente, a fim de assegurar os maiores retornos financeiros.

 

Esta não é a primeira vez que Farmanguinhos apresenta um subsídio ao exame de patente. Em 2005, o Instituto contestou a do antirretroviral Tenofovir. Tal iniciativa resultou no indeferimento da patente, o que possibilitou a produção local, beneficiando milhares de pessoas que vivem com HIV/Aids e, ao mesmo tempo, fortalecendo o Complexo Econômico e Industrial da Saúde (Ceis).

 

A restrição do acesso ao medicamento, em função dos altos preços, faz com que o direito à saúde, constitucionalmente assegurado, seja violado. Diante deste cenário, especialistas da Fundação argumentam que a concessão da patente a uma invenção sem o cumprimento dos requisitos de patenteabilidade é ilegal, sendo passível de ser anulada.

 

Não confunda – Diferentemente do mecanismo utilizado para o licenciamento compulsório do antirretroviral efavirenz, o atual processo visa a evitar a concessão da patente do medicamento. Em 2007, a licença compulsória não retirou do laboratório Merck Sharp & Dohme a patente do efavirenz, mas permitiu que Farmanguinhos também o fabricasse, viabilizando, assim, as políticas públicas de assistência farmacêutica no Brasil de acesso universal aos antirretrovirais.

 

Foto de capa: site Brasileiros.com

 

 

Atenção a crianças com esquistossomose

Farmanguinhos integra grupo internacional voltado para o desenvolvimento do medicamento Praziquantel pediátrico


Na última semana (de 11 a 13 de janeiro), os colaboradores do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) Daniel Lacerda, Juliana Soares e Margareth Gallo, que atuam na Coordenação de Desenvolvimento Tecnológico da unidade, participaram da primeira reunião técnica da equipe que integra o time CMC (sigla em inglês para Química, Produção e Controle) do Consórcio Praziquantel Pediátrico em 2017. O encontro contou com a presença de representantes do laboratório Merck, e foi realizado nas dependências deste laboratório na cidade alemã de Darmstadt.

Durante o Congresso Europeu de Saúde e Medicinal Tropical, realizado na Suíça em 2015, Daniel Lacerda explicou aos visitantes alguns detalhes sobre a iniciativa (Acervo pessoal)

Durante o Congresso Europeu de Saúde e Medicinal Tropical, realizado na Suíça em 2015, Daniel Lacerda explicou aos visitantes alguns detalhes sobre a iniciativa (Acervo pessoal)

O Consórcio Praziquantel Pediátrico é uma iniciativa conjunta internacional que visa elaborar uma formulação deste medicamento contra a esquistossomose mais adequada para as crianças menores de seis anos de idade. Ao todo, o grupo é integrado por sete instituições. Por se tratar de questões relacionadas à produção, nesta reunião, especificamente, participaram Merck e Farmanguinhos, por serem responsáveis, respectivamente, pelo projeto como um todo e pela produção do medicamento.

Gerente do projeto na unidade, Daniel Lacerda explica que o processo de desenvolvimento do Praziquantel (PZQ) pediátrico encontra-se na etapa de testes clínicos de fase II, ou seja, neste momento, busca-se a definição da melhor formulação e da dose. Os estudos estão sendo realizados em um grupo de crianças da Costa do Marfim, na África, diagnosticadas com esquistossomose. Em seguida, o medicamento será submetido a ensaios clínicos de fase III, isto é, a formulação e dose selecionadas na fase II será testada num grupo maior de pacientes a fim de avaliar a segurança e a eficácia do produto.

“Nesta reunião, discutimos o cronograma e os detalhes da transferência de tecnologia da formulação, processo de fabricação e análise do L-Praziquantel para Farmanguinhos. Está prevista ainda para este ano, possivelmente em março, uma visita técnica da equipe da Merck ao Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM) de Farmanguinhos, para acompanhar a produção de um lote industrial do medicamento”, explicou Lacerda. Ele informou ainda que, até o fim deste ano, deverá iniciar a terceira fase dos testes com a nova formulação do Praziquantel. O registro do medicamento está previsto para final de 2018 e início de 2019.

Os estudos clínicos de fase II estão sendo realizados em um grupo de crianças da Costa do Marfim, na África, diagnosticadas com esquistossomose (Arquivo)

Os estudos clínicos de fase II estão sendo realizados em um grupo de crianças da Costa do Marfim, na África, diagnosticadas com esquistossomose (Arquivo/Consórcio Praziquantel Pediátrico)

A esquistossomose é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a segunda principal doença parasitária e infecciosa, atrás apenas da malária. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, dos mais de 249 milhões portadores desta patologia em todo o mundo, metade é constituída por crianças, sendo 10% do total com idades pré-escolares (abaixo de seis anos). Apesar deste indicador, o único fármaco empregado na terapia contra a doença, o Praziquantel, ainda não apresenta formulação adequada a essa faixa etária.

Parceiros – O Consórcio Praziquantel Pediátrico foi estabelecido em julho de 2012 como a primeira parceria público-privada internacional sem fins lucrativos relacionada à luta contra a esquistossomose, e apoiada por líderes especializados mundialmente em doenças infecciosas parasitárias tropicais:

Merck – A empresa lidera o programa e fornece competência e apoio relacionado ao PZQ, incluindo recursos internos de diferentes áreas necessárias para o desenvolvimento clínico – fabricação do fármaco, pré-clínico, clínico e regulatório. É também responsável pelo desenvolvimento e fabricação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) L-PZQ;

Astellas Pharma Inc. – A empresa farmacêutica desenvolveu as novas formulações pediátricas de PZQ e fornece aconselhamento especializado no desenvolvimento clínico para crianças e modelamento farmacocinético;

Swiss Tropical & Public Health Institute – O instituto sem fins lucrativos é internacionalmente reconhecido por suas pesquisas, serviços, ensinamentos e treinamentos em saúde global. Contribui com vasta experiência em pesquisa biológica e farmacológica, epidemiologia e pesquisa clínica relacionada a helmintos em regiões endêmicas;

Lygature – É uma fundação holandesa sem fins lucrativos, atua como um coordenador independente do Consórcio, fornecendo a gestão nos termos de progresso, finanças e colaboração. Desde 2006, a Lygature apoiou quase cem parcerias público-privadas no campo da ciência e saúde, incluindo doenças relacionadas à pobreza;

SimCYP – Baseada no Reino Unido, a empresa de pesquisa fornece capacidades e competência para o modelamento farmacocinético;

Schistosomiasis Control Initiative – A Iniciativa de Controle da Esquistossomose, do Imperial College London, tem como objetivo fornecer tratamento à população rural carente da África subsaariana e do Iêmen contra a esquistossomose e três outros helmintos transmitidos pelo solo. A SCI facilitará a preparação e a implementação do plano de Acesso e Distribuição;

Farmanguinhos – O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) é um laboratório farmacêutico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculado ao Ministério da Saúde do Brasil. A unidade fornece competência única para abordar a produção e distribuição das novas formulações pediátricas em países endêmicos.

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