Local faz parte do projeto que visa fortalecer as escolas municipais que ficam no entorno de Farmanguinhos/Fiocruz
A Escola Municipal Joaquim Fontes, na Cidade de Deus, foi revitalizada. Iniciativa faz parte do projeto Verde que te Quero Ver, uma parceria entre o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), a Fundação de apoio à Fiocruz (Fiotec) e o Grupo Alfazendo, que visa fortalecer as escolas municipais da região, pensando no desenvolvimento sustentável e na saúde integral.
A ação reforça os valores institucionais e evidenciam o compromisso do Instituto com a educação, o cidadão e a sociedade. “Poder ajudar e contribuir com essa escola é um enorme prazer. O trabalho realizado pelo corpo técnico é excelente e é feito com muita dedicação, criatividade e respeito. A primeira infância é a parte fundamental para o desenvolvimento do cidadão adulto, dando noções de respeito e vida em comunidade, além do direito de viver em um ambiente adequado e com condições satisfatórias ao desenvolvimento criativo e colaborativo para uma vida em sociedade”,destacou o diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça.
Nesta segunda etapa de obras, foram realizadas a reforma completa da cozinha e da dispensa, a revitalização do pátio central como espaço brincante e de leitura e a instalação de calhas e coletores para a captação de água da chuva. Essas melhorias visam impactar diretamente na qualidade de vida dos alunos e funcionários, além de deixar o ambiente acolhedor e saudável.
O banheiro dos estudantes e funcionários de apoio também foi restaurado, como forma de garantir mais conforto e higiene para os usuários. Além disso, com o intuito de deixar o local mais propício para o aprendizado e a criatividade, as fachadas e portas das salas de aula foram pintadas artisticamente. Fruto da primeira etapa do projeto, o Jardim Sensorial das Naturezas também passou por manutenção. Leia mais sobre o espaço.
A responsável pela Assessoria de Gestão Social de Farmanguinhos, Magali Portela, agradeceu a todos os funcionários da escola por continuar transformando vidas, mesmo em um ambiente fragilizado. “O processo de revitalização é longo e contínuo. Essa etapa é só uma das partes incluídas no projeto que continuará apoiando a escola. É essencial que, cada vez mais, tenhamos mais espaços saudáveis e sustentáveis, que possam promover a saúde e o bem-estar da população”, completou.
Esta matéria foi produzida pelo auxiliar de comunicação Lean Morgado, sob a orientação técnica da analista de Gestão de Talentos e Comunicação Arielle Curti.
A luta contra a Aids faz parte da história dos 49 anos de atuação do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). A unidade foi pioneira na produção de antirretrovirais e, atualmente, em parceria com o Ministério da Saúde com o fornece dez medicamentos para o combate à doença. De janeiro a outubro de 2024, foram entregues mais de 407 milhões de antirretrovirais ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O Instituto realizou parcerias para internalização de tecnologias e investiu em pesquisas e no desenvolvimento de novas formulações com o objetivo de ampliar o acesso da população aos tratamentos inovadores. Desde 2023, Farmanguinhos/Fiocruz fornece a combinação inédita de dois medicamentos eficazes, dolutegravir 50mg + lamivudina 300mg. O regime de dosagem simplificada representa um avanço para o SUS, pois oferece mais facilidade e praticidade para o dia a dia, aumentando a adesão do tratamento. Uma única dose diária de um comprimido deste medicamento garante a eficácia e auxilia na continuidade do tratamento, com menor potencial de toxicidade e de efeitos adversos graves.
Dentro do portfólio, constam os seguintes antirretrovirais: atazanavir 300 mg, efavirenz 600 mg, lamivudina 150 mg, nevirapina 200 mg, zidovudina 100 mg, dolutegravir 50 mg, dolutegravir 50 mg + lamivudina 300 mg, lamivudina 150 mg + zidovudina 300 mg, tenofovir 300 mg + lamivudina 300 mg e entricitabina 200 mg + tenofovir 300 mg. Este último é usado na Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP). Trata-se de um esquema de prevenção que consiste no uso diário do medicamento, que funciona como uma “barreira química” contra o vírus HIV.
O diretor de Farmanguinhos/Fiocruz, Jorge Mendonça, ressalta a preocupação da instituição em oferecer novas soluções para o combate à doença. “Entendemos que o acesso ao tratamento é um direito de todas as pessoas e seguimos em busca de tecnologias para internalizar medicamentos inovadores e que possam facilitar e trazer mais qualidade de vida aos pacientes com HIV/aids. Investimos os nossos esforços para tentar olhar o paciente como um todo, pensando na prevenção, no tratamento eficaz e cuidando também de coinfecções, como hepatite e a tuberculose”, explica.
O HIV compromete o sistema imunológico, deixando o paciente mais suscetível à outras doenças, principalmente hepatite e tuberculose. Atualmente, Farmanguinhos é o principal produtor de tuberculostáticos e distribui cinco antivirais para o tratamento de hepatite C.
Os pesquisadores dos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento possuem diversos estudos em busca de novos tratamentos e acompanham as discussões, em âmbitos nacionais e internacionais, e as diretrizes voltadas para a eliminação da aids como problema de saúde no Brasil até 2030.
Aids no Brasil- Segundo o relatório 2024 do UNAIDS, programa conjunto das Nações Unidas para coordenar as ações de HIV/aids, em 2023, 630 mil pessoas morreram por doenças relacionadas à aids, e 1,3 milhão de pessoas em todo o mundo testaram positivo para o HIV. A publicação também ressalta que o acesso ao tratamento com antirretrovirais vem contribuindo para a redução da mortalidade no Brasil e que o ano de 2023 teve o menor número desde os anos 1980.
O relatório também destaca a necessidade de uma abordagem baseada em direitos para combater estigmas e discriminação e a importância de reduzir as desigualdades estruturais para alcançar metas globais. Os direitos humanos colocados no centro e as comunidades na liderança contribuirão para que o mundo consiga acabar com a aids. Confira os dados completos no relatório Sigamos o caminho dos direitos, publicado, em inglês, em 26/11.
Dia Mundial de Luta Contra Aids – Desde 1988, agências, associações, governos e sociedade civil se unem, em 1º de dezembro, para apoiar pessoas que vivem com HIV. São realizadas campanhas anuais com temas específicos e atividades de conscientização e mobilização, para apoiar, reduzir a discriminação e o abandono e direcionar investimentos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
A fita vermelha é o símbolo universal de conscientização, apoio e solidariedade às pessoas que vivem com HIV.
O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) e o Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), da Universidade NOVA de Lisboa, reúnem alunos matriculados nos cursos do Brasil e de Portugal para elaboração de podcasts sobre inovação e saúde. Os programas gravados em áudio foram trabalhos finais de disciplina comum aos programas de pós-graduação (PPG) dos institutos e estão disponíveis no site Educare da Fiocruz.
Os podcasts foram desenvolvidos pelos alunos como Produto Técnico Tecnológico da disciplina “Dinâmica da Inovação em Saúde e Empreendedorismo Social e Industrial”, que de maneira simultânea foi ofertada em três programas de pós-graduação dos institutos. Além do IHMT, a disciplina integra a grade dos Programas de Pós-graduação Profissional em Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica (PPG-GPDIF) e Acadêmico Translacional de Medicamentos (PPG-PTFM), de Farmanguinhos/Fiocruz. A participação de estudantes de Angola, Moçambique e Cabo Verde, matriculados pelo IHMT, reforçou o teor de internacionalização da disciplina.
Professor da disciplina no PPG Profissional de Farmanguinhos/Fiocruz, Jorge Magalhães, conta como surgiu a ação dentro dos programas brasileiro e português. “Como coordeno alguns planos de trabalho de parcerias de Farmanguinhos em Portugal, tive a ideia de associar as ações do IHMT com a necessidade de internacionalização do PPG Profissional, que foi uma das exigências da Capes para melhoria da nota de avaliação do curso, que atualmente é quatro. Adaptamos a ementa e o título, a fim de garantir abrangência do tema à necessidade global. Quando inserimos no PPG Acadêmico de Far, conseguimos alinhar esta ‘oferta tripartite’, visando beneficiar os três programas e, por conseguinte, as duas instituições”, explica.
Com carga horária de 60 horas e quatro créditos, as aulas ocorreram de forma síncrona e assíncrona, entre os meses de março e maio de 2024, e com tutorias para confecção dos trabalhos, até agosto de 2024. Ministraram a matéria, os professores Jorge Magalhães e Alessandra Viçosa, de Farmanguinhos/Fiocruz, e Henrique Silveira, coordenador da disciplina no IHMT, lá conhecida como Rotação Temática, no âmbito do Doutoramento em Doenças Tropicais e Saúde Global.
A coordenadora do PPG Acadêmico de Farmanguinhos/Fiocruz, Alessandra Viçosa, acompanhou as gravações e conta como foi o processo. “A disciplina possui uma característica de rotação temática, em conjunto com o grupo do IHMT, na intenção de criar uma produção científica e tecnológica, de forma mais dinâmica, e que pudesse integrar tanto os alunos do Brasil quanto os de Portugal. A produção em parceria com o Canal Saúde e a publicação na plataforma Educare contribuíram para conseguirmos produtos tecnológicos interessantes para os nossos alunos e para o nosso programa”, conclui.
A turma foi dividida em grupos de três alunos, com a participação de um integrante estrangeiro. Os temas foram variados e escolhidos de acordo com o interesse das pesquisas, com assuntos sobre impressão 3D de medicamentos, biobancos de células, dispositivo médico para neuroavaliação, transferência de tecnologia para vacina da covid, inovações na indústria farmacêutica e iniciativa inovadora como “Lab in a suitcase”.
O convite e o desenvolvimento das perguntas ficaram sob responsabilidade dos alunos, os quais entrevistaram profissionais de referência como Maurício Zuma, diretor de Bio-Manguinhos, André Rodrigues, do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Rubens Lima, do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas), Dimitri Abramov, da Fiocruz Ceará, Izabella Bezerra, do Laboratório de Cardiologia Celular e Molecular, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Marcelo Viana, diretor de novos negócios da FQM. Além de convidados brasileiros, participaram profissionais internacionais, como Valeria Isabel, do Hospital Maputo, de Moçambique, e Jorge Carvalho, responsável pelo Making Lab, do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), de Portugal.
O professor pelo IHMT, Henrique Silveira, mensurou a finalidade da disciplina dentro da parceria entre as instituições. “A oferta conjunta IHMT/Farmanguinhos está totalmente alinhada com os objetivos do doutoramento, que incluem integrar mobilidade, experiência internacional e o desenvolvimento de redes colaborativas na formação dos alunos. Quando surgiu a ideia, não tivemos dúvidas que queríamos torná-la realidade. A adesão dos alunos superou nossas expectativas, e a abordagem que adotamos, de um trabalho colaborativo entre os estudantes do IHMT e de Farmanguinhos, permitiu que eles desenvolvessem produtos tecnológicos e científicos inovadores. Sem dúvida, podemos considerar a disciplina um grande sucesso”, celebrou.
Além dos seis podcasts, dois alunos optaram pela elaboração de artigos, que foram submetidos às revistas na área de farmácia, e dois estudantes escolheram o desenvolvimento de um capítulo de livro para o trabalho de conclusão. A inovação foi bem recebida pelos alunos e por outras unidades da Fiocruz, como a Fiocruz Bahia, que manifestou interesse em integrar as próximas edições da disciplina.
Caio Mergh, aluno do PPG Profissional e funcionário de Bio-Manguinhos/Fiocruz, fala como foi a experiência de produzir algo inédito como um podcast e com a interação de alunos de fora do país. “A ideia de trazer alunos do mundo todo para a mesma disciplina é fascinante para mim. Essa internacionalização ganha ainda mais importância quando tratamos de inovação, tema da disciplina que fizemos. A troca de conhecimento e experiências podem favorecer muito o tema. Foi muito bom participar, ver e aprender com todo esse processo de criação de mídias voltadas para saúde, principalmente tendo sido uma criação conjunta entre diferentes profissionais, de diferentes países”, conta.
A aluna do mestrado acadêmico de Farmanguinhos/Fiocruz, Beatriz Ortiz, destaca a internacionalização da disciplina, inclusive pelo fato de um dos entrevistados do grupo ser moçambicano. “Tivemos a oportunidade de interagir com alunos internacionais, trocar experiências, conhecer um pouco da pesquisa e da realidade de outros países. Em meu grupo, entrevistamos três profissionais (dois do Brasil e um de Moçambique), para falar sobre formulações pediátricas e impressão 3D, e conseguimos coletar relatos importantes de conhecimento amplo com a tecnologia 3D e específicos de cuidados ao público pediátrico. A experiência foi ótima e inovadora”, cita.
Ana Mendonça, doutoranda em Doenças Tropicais e Saúde Global, pelo IHMT/Universidade NOVA Lisboa, e cabo-verdiana, conta o que achou do processo. “A relação com alunos internacionais foi uma experiência incrível e tive a oportunidade de ter a minha primeira experiência com podcast. Sempre tive afinidade e gosto de fazer papel de apresentadora. Foi muito interessante”, lembra.
A gravação dos podcasts contou ainda com a parceria do Canal Saúde da Fiocruz, que viabilizou o estúdio e orientações técnicas do material e o material pode ser encontrado na plataforma Educare da Fiocruz.
Entrevistados: André Rodrigues – Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Rubens Lima – Instituto René Rachou (Fiocruz Minas), Valeria Isabel – Hospital Maputo (Moçambique)
Ação foi realizada em conjunto com a Fiotec e impacta diretamente na preparação educacional dos estudantes
Os alunos do Núcleo de Arte da Escola Municipal Silveira Sampaio, em Curicica, ganharam novos equipamentos tecnológicos para as oficinas de arte e tecnologia. Isso foi possível graças à parceria do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), com a Fundação de apoio à Fiocruz (Fiotec). Juntos, as instituições doaram dez computadores, um notebook ultra, um projetor portátil e uma máquina fotográfica profissional.
O objetivo da iniciativa é impactar diretamente na qualidade do ensino e na preparação educacional dos estudantes. Com os novos aparelhos, os alunos terão a oportunidade de aprimorar as habilidades nas oficinas oferecidas na escola, tornando o aprendizado mais eficaz, dinâmico e atrativo.
Representantes de Farmanguinhos e Fiotec visitam Escola Municipal Silveira Sampaio. (Foto: Lean Morgado/Farmanguinhos)
O diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, destacou a importância de participar de causas sociais como uma forma de atingir um dos objetivos da Agenda 2030. “Poder contribuir na formação e nos sonhos dos adolescentes é essencial para um país mais justo e equânime. Dar oportunidades de desenvolvimento em todos os campos da ciência ajuda no pertencimento de ser um cidadão pleno”, frisou.
A coordenadora pedagógica da Escola Municipal Silveira Sampaio, Ariadne Lage, agradeceu o apoio recebido pelas instituições. “A doação é muito importante para o desenvolvimento das nossas oficinas de arte e tecnologia, como edição de vídeos, stop motion e computação. Elas existem há cerca de dois anos e, antes, não tínhamos os equipamentos necessários”, comentou.
Durante a visita na escola, os representantes de Farmanguinhos e a assistente social da Fiotec, Juliana Freitas, puderam acompanhar uma apresentação realizada pela Cia de Dança Exposição, com um fragmento do espetáculo MilTons, em homenagem ao cantor e compositor Milton Nascimento.
A iniciativa reforça os valores institucionais e evidenciam o compromisso da unidade com a educação, o cidadão e a sociedade.
Farmanguinhos e Núcleo de Arte Silveira Sampaio – A parceria entre as instituições começou em 2022, com a confecção de mobiliários e molduras durante uma oficina de paletes. O objetivo do Núcleo é aprofundar os conhecimentos em arte, além de ajudar o aluno a vivenciar e se apropriar dos processos criativos. Atualmente, são oferecidas oficinas em arte literária, artes visuais, dança, música, teatro e vídeo.
Esta matéria foi produzida pelo auxiliar de comunicação Lean Morgado, sob a orientação técnica da analista de Gestão de Talentos e Comunicação Arielle Curti.
O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) torna público o relatório do Seminário Internacional Inovação em Medicamentos da Biodiversidade na Perspectiva Ecológica. Documento foi produzido a partir de evento com o mesmo nome, a fim de debater pautas teórico-conceituais que contribuíssem para a elaboração de uma política ecológica de inovação em medicamentos da biodiversidade.
Liderado pelo Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde (CIBS/Farmanguinhos), encontro aconteceu entre os dias 12 e 13 de setembro, para instituições e autoridades ligadas ao assunto. Além da política, estiveram entre os temas a ameaça climática, ciência e desenvolvimento ecológico; a bioprospecção, conhecimento e informação da biodiversidade; as tecnologias 4.0 e portal da inovação em medicamentos da biodiversidade; e o novo marco regulatório.