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Nanotecnologia e doença de Chagas são tema de Centro de Estudos

Professor da UFRN, Arnóbio Antônio debateu meios inovadores para a pesquisa de desenvolvimento de fármacos

Com o tema “Por que aplicar nanotecnologia para Doenças Negligenciadas? Uma abordagem em Doença de Chagas”, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) celebrou mais um Centro de Estudos. A palestra foi ministrada pelo professor associado do Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Arnóbio Antônio da Silva Júnior, no dia 5/6, com transmissão ao vivo pelo canal oficial do YouTube da unidade.

As doenças tropicais negligenciadas (DTNs) são causadas por uma variedade de patógenos, incluindo vírus, bactérias, parasitas, fungos e toxinas que acometem pessoas em situação de vulnerabilidade, onde a segurança da água, o saneamento e o acesso aos cuidados de saúde são inadequados “Não existe interesse da grande indústria em produzir medicamentos para essa parcela da população. Então, essa é uma tarefa que fica a cargo dos governos, com o auxílio de institutos de pesquisas e iniciativas”, comentou Arnóbio.

Um dos exemplos dados por ele foi a Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (em inglês, Drugs for Neglected Diseases initiative -DNDi), parceira na produção do primeiro medicamento pediátrico para a doença de Chagas no Brasil, o benznidazol. Além disso, a instituição realiza uma série de projetos para o rastreamento, diagnóstico e tratamento dessas enfermidades.

Leia também: Novo acordo promete reforçar tratamento da Doença de Chagas 

Outros tópicos também foram abordados, como as limitações dos fármacos convencionais e suas barreiras biológicas, e o uso prático da nanotecnologia utilizada pela UFRN. A universidade foi a responsável pelo desenvolvimento da plataforma de nanocarreadores, que destacam partículas em escala nanométrica, além nanopartículas poliméricas e lipídico-sólidas, resultando em um depósito de patente e publicações diversas.

O professor demonstrou as diferentes estratégias de utilização dessa plataforma em estudos. Uma delas é desenvolvida para o uso de potenciais imunoadjuvantes para a imunização. “Estamos falando de soros, como imunização passiva. E, no caso da doença de Chagas, nós estamos pensando nessa ferramenta para a produção de anticorpos em um possível nanocarreador carregado com as enzimas do parasita”, disse.

Portal Fiocruz – uma das sugestões de Arnóbio, para aqueles que estudam o desenvolvimento de fármacos e medicamentos para DTNs, foi o portal da Fiocruz (chagas.fiocruz.br). O site dispõe de trabalhos de pesquisa e demais materiais educacionais sobre a Doença de Chagas, assim como detalhes sobre a sua história.

Confira a palestra na íntegra em nosso canal oficial do YouTube. Clique AQUI!

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Centro de Estudos: especialistas abordam base de dados científica

Palestra está disponível no canal oficial de Farmanguinhos/Fiocruz no YouTube

Com o tema “Um novo passo na descoberta de novos fármacos e em Life Sciences”, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) celebrou o segundo Centro de Estudos de 2024. Em modalidade híbrida, com transmissão pelo canal oficial da instituição no YouTube, o evento foi liderado pela Country Manager, Denise Alves, e o Customer Success Specialist, Gabriel Kaetan, da Chemical abstracts Service (CAS), uma divisão da Sociedade Americana de Química.

Márcia Pietroluongo, coordenadora do Centro de Estudos. (Foto: Arielle Curti – Farmanguinhos/Fiocruz)

“Ferramentas inovadoras são capazes de otimizar e transformar a pesquisa, o desenvolvimento de medicamentos e acelerar o alcance a tratamentos mais eficazes e seguros. Por isso, achamos importante que nossos alunos e toda comunidade científica tivessem acesso a esse tipo de informação”, disse Márcia Pietroluongo. Ao lado de Thiago Guimarães, ela é a nova coordenadora do Centro de Estudos de Farmanguinhos, iniciativa criada para contribuir com a formação de recursos humanos, com uma visão de educação continuada e de valorização do capital humano.

Na ocasião, os palestrantes abordaram questões relacionadas a base de dados, a evolução da ciência publicada durante os anos e as formas de pesquisa dentro de artigos científicos. “Dados não tem sentido por si só, eles precisam trazer informação, gerar conhecimento e serem transformados em inovação. Então, estamos falando de uma cadeia que deve ser seguida para que os dados tenham sentido para uma empresa”, explicou Denise Alves.

Denise Alves fala sobre o uso de dados em pesquisas científicas. (Foto: Arielle Curti – Farmanguinhos/Fiocruz)

 

Segundo a especialista da CAS, a Inteligência Artificial poderia ser utilizada como uma ferramenta que auxiliasse na busca e no acesso às bases de dados. No entanto, cerca de 80% dos dados, incluindo não científicos, não estão estruturados, o que impede a utilização do mecanismo para possíveis predições e torna a pesquisa mais demorada.

 

 

Por isso, existem algumas plataformas que organizam, estruturam e recuperam essas informações para serem utilizadas por pesquisadores e pessoas interessadas. Para a área química, por exemplo, o CAS possui o SciFinder.

SciFinder

Gabriel Kaetan apresenta plataformas da Chemical abstracts Service (CAS).  (Foto: Arielle Curti – Farmanguinhos/Fiocruz)

O site é uma ferramenta de busca para a análise de dados científicos e liberada para pesquisadores Fiocruz pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). “O desafio hoje não é encontrar a informação, mas sim encontrá-la da forma que precisamos de uma maneira rápida. Dados de pesquisa que realizamos pela CAS dizem que 18% de todo o processo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação é gasto realizando essa busca. Ou seja, durante a semana com cinco dias, um desses é voltado apenas para a procura por informações”, explicou o responsável técnico das soluções do CAS e palestrante, Gabriel Kaetan.

Durante sua apresentação, ele apresentou uma nova ferramenta, chamada BioFinder. O site será lançado em junho e dará informações relacionadas a ciências da vida.O site será lançado em junho e dará informações relacionadas a ciências da vida.

Assista a palestra e confira como a plataforma funciona, clique AQUI.

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Encontro acontecerá no dia 15/5, às 13h30, no campus Manguinhos, com transmissão pelo Canal do Youtube de Farmanguinhos

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Centro de Estudos: palestra debate estratégias de escrita científica

Encontro aconteceu pelo YouTube de Farmanguinhos no dia 17/4

Estratégias para a escrita científica na formação de alunos da pós-graduação. Esse foi o tema abordado no Centro de Estudos do Instituto de Tecnologia de Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) na última quarta-feira, 17/4. Evento foi liderado pelo professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, André Rolim Baby, e aconteceu em formato remoto, com transmissão ao vivo pelo YouTube oficial da instituição.

Para a pesquisadora da Coordenação de Desenvolvimento Tecnológico (CDT) e, também, docente do Programa de Pós-Graduação Acadêmico em Pesquisa Translacional em Fármacos e Medicamentos (PPG-PTFM) de Farmanguinhos, Livia Prado, essa foi uma oportunidade de fornecer formação sobre o assunto. “É importante pensarmos que um aluno, que está inserido em um programa de pós-graduação stricto sensu, está também envolvido nos discursos sobre a ciência. Por isso, ele deve ser capaz de identificar problemas, coletar dados e chegar a uma conclusão a partir de evidências. Isso de forma clara e concisa, para comunicar seus resultados para a comunidade”, disse.

Durante quase duas horas, André Baby evidenciou aspectos importantes sobre redação de uma publicação científica, a fim de instrumentalizar os participantes do evento no caminho da redação do manuscrito em artigo científico. Na ocasião, falou sobre as publicações durante a história e seus objetivos; conceitos básicos e estratégias de redação; layout do documento, estratégias para elaboração de resumo, introdução, métodos e outras seções; tipos de artigos; seleção de periódicos; e outros.

Segundo o professor, o processo de redação científica tem uma nova complexidade a cada momento e, por isso, é interessante que haja métodos para tornar cada um deles mais conveniente. “Estamos falando de uma atividade muito importante, que mantém a ciência em movimento e em evolução. As publicações divulgam os achados. Todo artigo publicado é a sinalização de uma nova informação ou mais recente de um tema dentro daquele contexto. E a partir disso, que novas opiniões serão formadas, conduzindo a novos estudos”, explicou durante o evento.

Disciplina do programa de Farmanguinhos

Como um dos desdobramentos do assunto, foi anunciada a criação da disciplina “Estratégias para a Escrita e Submissão de Artigos Científicos” dentro do Programa de Pós-Graduação Acadêmico em Pesquisa Translacional em Fármacos e Medicamentos de Farmanguinhos/Fiocruz. A matéria será coordenada pelas pesquisadoras Livia Prado e Camila Areias, que também integra a equipe docente do PPG-PTFM.

“Essa não é uma capacidade inata dos alunos de pós-graduação, mas uma habilidade desenvolvida no caminho. Então, entendemos que se é exigida a publicação para o fim do curso, é preciso também que se forneçam ferramentas para isso”, disse Camila. A primeira oferta será feita ainda em 2024.

Centro de Estudos – espaço de ensino-aprendizagem, criado pelo Instituto para contribuir com a formação de recursos humanos, dentro de uma visão de educação continuada e de valorização do capital humano. Para isso, são promovidas palestras, conferências, apresentação de teses, divulgação da produção científica, entre outras atividades.

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