O curso tem o objetivo de contribuir e proporcionar uma visão holística de cada componente que permeia a cadeia farmacêutica, da descoberta do fármaco até a mão do consumidor.
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Informações foram expostas durante evento no dia 16/12, com base nos dados coletados até novembro desse ano
As plataformas da Vice-Diretoria de Educação, Pesquisa e Inovação (VDEPI) do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) apresentaram, em 16/12, o balanço geral de 2024. Evento aconteceu no auditório da unidade, em Manguinhos, e também teve o intuito de demonstrar a importânciado trabalho desempenhado pelas plataformas de Métodos Analíticos e de Bioensaios para Triagem de Compostos Antitumorais, que prestam serviços internos e às instituições parceiras.
Compondo a Rede de Plataformas da Fiocruz, essas duas iniciativas possibilitam conexões entre organizações públicas e privadas, por meio de parcerias estratégicas, inovação e excelência na área de pesquisa e desenvolvimento. Até novembro de 2024, as duas plataformas atenderam cerca de 40 grupos de pesquisa e obtiveram mais de R$23 milhões em captação de recursos.
“Nós conseguimos para a pesquisa e, principalmente para as plataformas, investimentos muito importantes e que evidenciam a qualidade do que fazemos. Isso mostra que, principalmente a nossa base, que é a pesquisa, está funcionando como um grande sistema de integridade”, disse o diretor da unidade, Jorge Mendonça.
O trabalho em conjunto, realizado pela Rede de Plataformas Tecnológicas Fiocruz, pela Rede Fiocruz de Pesquisa Clínica e pelo Programa de Pesquisa Translacional, é um diferencial, segundo o líder da Plataforma de Bioensaios para Triagem de Compostos Antitumorais, André Sampaio. “A Fiocruz talvez seja a única instituição da América Latina que consegue, dentro dos seus laboratórios, isolar e sintetizar uma molécula, a fim de que ela passe por toda a cadeia de desenvolvimento até entregar o fármaco. Um conjunto de projetos e programas que, ao passarem pela cadeia de inovação, entregam moléculas de bioativa, formulações inovadoras, eventualmente o reposicionamento de fármacos, também modelos experimentais e muitas outras coisas à nossa sociedade”, disse.
A relevância permitiu um aumento substancial nos projetos de fomento cedidos a Farmanguinhos/Fiocruz. Liderada por Marcelo Tappin, também pesquisador da unidade, a Plataforma de Métodos Analíticos ganhou recentemente o edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que cedeu mais de R$9 milhões aos laboratórios para a recuperação e atualização do ambiente de pesquisa e equipamentos, por meio do Pró-infra 2023.
“Contamos com equipamentos e equipe científica dedicados a responder aos usuários com um olhar específico para medicamentos. Então, com esses recursos, poderemos atualizar o nosso ambiente de trabalho e trocar alguns aparelhos que já não atendiam a capacidade necessária para os nossos estudos ou requeriam manutenções recorrentes”, esclareceu Tappin. Entre os equipamentos listados como prioridade, foram citados geradores de nitrogênio, novos computadores e softwares, detectores de massas triplo quadrupolo – para a maior diversidade de análises, e detectores de massas mono quadrupolos.
Plataformas em números:
Interessados em conhecer os serviços realizados por cada plataforma no site da Rede de Plataformas Tecnológicas da Fiocruz. Confira abaixo:
Ação foi realizada em parceria com a farmacêutica Blanver nesta quinta-feira (19/12)
O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), em parceria com a Blanver, realizou a entrega de cerca de meia tonelada de alimentos não perecíveis para a Associação Lutando para Viver Amigos do INI, que apoia os pacientes atendidos pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).
A campanha aconteceu durante os meses de novembro e dezembro entre os profissionais de todos os campi de Farmanguinhos. Além dos alimentos, foram arrecadados itens como sabonete, molho de tomate, creme dental, biscoitos e óleo de soja. A iniciativa é um gesto de solidariedade dos trabalhadores e reforça o compromisso institucional com o cidadão.
O diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, destacou a importância da doação, que acontece há 15 anos. “Mais do que fornecer antirretrovirais, prezamos pela saúde integral dessas pessoas e nos unimos a profissionais e parceiros para oferecer um fim de ano mais digno para os pacientes tratados no INI”, ressaltou.
Presente na entrega, a diretoria do INI/Fiocruz, Valdiléa Veloso, agradeceu a parceria de longa data. “É muito gratificante receber em mais um fim de ano essa doação dos profissionais de Farmanguinhos. Essa iniciativa é um ato de amor, empatia, compaixão e solidariedade que nos une para atender a necessidade da nossa população mais vulnerável”, declarou.
A entrega aconteceu nesta quinta-feira (19/12), na sede da Associação, no campus Manguinhos.
Associação Lutando para Viver Amigos do INI – Criada em 1998, a associação tem o objetivo de prestar apoio social aos pacientes do INI, que realizam tratamento de HIV/Aids, oferecendo assistência, cestas básicas, auxílio transporte, medicamentos e ajuda psicológica.
Esta matéria foi produzida pelo auxiliar de comunicação Lean Morgado, sob a orientação técnica da analista de Gestão de Talentos e Comunicação Arielle Curti.
Investimentos para o futuro. Foi com esse olhar que o diretor do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), Jorge Mendonça, realizou a apresentação de resultados institucionais de 2024. Evento aconteceu no Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM), em Jacarepaguá, dia 16/12, e expôs as realizações e perspectivas para a unidade.
Entre alguns dos tópicos abordados por ele, estiveram auditorias e certificações, participações em eventos e entregas importantes à sociedade. Até novembro de 2024, o Instituto forneceu mais de 738 milhões de unidades farmacêuticas ao Ministério da Saúde (MS). O everolimo, por exemplo, teve a sua primeira remessa fornecida ao Sistema Único de Saúde (SUS). Utilizado na profilaxia da rejeição de órgãos, o medicamento representa quase 1,5 milhões de unidades farmacêuticas do número total.
Ações como essa auxiliaram no desenvolvimento do orçamento de Farmanguinhos/Fiocruz, representando um aumento nos investimentos em modernização, obras e pesquisa. “Passamos por tempos difíceis, mas conquistamos um novo espaço dentro do Complexo Econômico-Industrial de Saúde. Nos fortalecemos e, hoje, podemos ser equiparados a qualquer iniciativa privada, ocupando uma posição estratégica para o Ministério da Saúde. Temos um futuro muito positivo pela frente e que deve ser comemorado”, disse o diretor.
Outro ponto evidenciado por ele foi a internacionalização de Farmanguinhos/Fiocruz, a partir de parcerias. Em 2024, a instituição estabeleceu um acordo promissor com a Universidade Nova de Lisboa, em Portugal, que compreende três pontos de ação, sendo eles o desenvolvimento tecnológico de radiofármacos, o registro sanitário de produtos brasileiros em Portugal e o desenvolvimento conjunto de atividades de pós-graduação.
As perspectivas da unidade visam a ampliação de produção, portfólio e estrutura. Com a submissão de 22 projetos de transferência de tecnologia e de desenvolvimento internos ao MS, Farmanguinhos/Fiocruz investe em melhorias internas para que ainda mais entregas sejam realizadas à população brasileira.
Com co-autoria e menção de prestígio, profissionais do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) participam do livro “A Ciência Brasileira segundo o ranking PLOS 2021: Um estudo de caso”. Jorge Magalhães, coordenador da missão institucional em Portugal, e Marcus Nora, pesquisador da unidade, fizeram parte da obra liderada pela Academia de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) lançada no dia 26/11, no Rio de Janeiro.
O objetivo do livro é apresentar os pesquisadores residentes no Brasil citados no ranking da revista PLOS Biology sobre os 100 mil cientistas mais influentes do mundo em 2021, elaborado pela Universidade de Stanford. Dez pesquisadores compõem o corpo de trabalho da Fiocruz, entre eles, Marcus Nora.
Atualmente, o representante de Farmanguinhos ocupa a 305ª posição no ranking. “É uma honra ser considerado neste trabalho tão respeitado pela comunidade científica por sua metodologia rigorosa e imparcial. Figurar entre os cem mil nomes listados é o reconhecimento de que estamos desenvolvendo um bom trabalho. Isso também mostra o potencial que a ciência brasileira possui de transformar o mundo em que vivemos, tornando-o assim um lugar ainda melhor para se viver”, disse Marcus. Ele ressaltou, ainda, que essa conquista só foi possível graças às pesquisas desenvolvidas pelas pessoas do grupo Síntese de Substâncias no Combate a Doenças Tropicais (SSCDT), do qual é fundador.
Com Jorge Magalhães, o processo de elaboração da obra contou ainda com co-autoria de especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professores, alunos e egressos da Academia, em uma concepção e organização das professoras Rita Pinheiro-Machado e Adelaide Antunes. Apesar da presença de cientistas brasileiros como expoentes em suas áreas, a publicação mostra que ainda é preciso avançar na proteção do conhecimento gerado nas bancadas das instituições de ciência e tecnologia nacionais.
“Já tenho parceria de longa data com a professora Adelaide e, diante deste novo desafio, ela me convidou para agregar esforços com minha linha de pesquisa, no tratamento de big data científico em saúde”, disse Magalhães. Sua colaboração no livro foi feita a partir do uso de metodologias para identificar os dados dos mil cientistas, extrair e tratá-los à luz de técnicas de ‘text mining’, data mining e prospecção tecnológica.
PLOS 2021 – A Public Library of Science (PLOS, em português Biblioteca Pública de Ciência) realiza o ranqueameto dos cientistas mais influentes do mundo a partir de indicadores de citação múltiplos, como citações de artigos usando diferentes posições de autoria, índice de coautoria, número de artigos publicados e autocitações, entre outros.