Categoria: Arquivos (Página 7 de 56)

Farmanguinhos comparece a reunião com vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin

Agenda aconteceu em Brasília no dia 9/5 para o debate de assuntos relacionados à produção farmacêutica

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) esteve em reunião com o vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin. O encontro, promovido pela Abifina, aconteceu no dia 9/5, em Brasília, a fim de tratar assuntos relacionados à produção local de insumos farmacêuticos ativos, tanto de origem sintética quanto de origem da biodiversidade brasileira.

Representado pelo diretor da unidade, Jorge Mendonça, o Instituto esteve presente para ouvir mais sobre as possibilidades de apoio do governo, tanto ao que é feito agora quanto de iniciativas futuras. “Para Farmanguinhos, essa seria a oportunidade de intensificar a aquisição de insumos em território nacional, fortalecendo a indústria farmoquímica e tornando mais estável a aquisição de insumos de qualidade”, disse Jorge.

O momento também abordou outras áreas de interesse nacional e relacionadas às funções da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina). Durante a reunião, foi apresentada pelo presidente da Abifina a contextualização da trajetória da instituição e importância para o Brasil. Foi apontado, ainda, o seu potencial de participação mais efetiva da política industrial nas áreas de farmoquímica e indústria de química fina. “São questões que podem gerar conhecimento, inovação, emprego e renda. Ou seja, aumentaríamos a arrecadação de impostos no país e ainda contribuiríamos na formação de mão de obra especializada”, acrescentou o diretor.

Brasil e Portugal debatem saúde pública

Parceria entre o Instituto Aggeu Magalhães, o Instituto de Tecnologia em Fármacos e a Universidade de Aveiro foi transmitida no dia 9/5

Similaridades e diferenças entre os sistemas de saúde de Brasil e Portugal foram tema de mesa-redonda na última terça-feira, 9/5. A colaboração entre o Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco) e o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), com a Universidade de Aveiro (UA), resultou em debate com representantes dos dois países para o reconhecimento das situações locorregionais. O evento aconteceu em formato híbrido e a gravação permanece no canal do Youtube da Fiocruz Pernambuco.

Ao abrir o evento, a Analista de Gestão do Centro de Empreendedorismo e Assistência Farmacêutica (CEAF) de Farmanguinhos, Daniela Fernandes, relembrou que o evento faz parte de um grupo de atividades desenvolvidas no âmbito do acordo de cooperação técnico-científico, existente entre Farmanguinhos e a Universidade de Aveiro. “Nosso objetivo é constituir alianças estratégicas entre essas duas instituições para o desenvolvimento de empreendedorismo, ensino, pesquisa e discussão de políticas públicas de saúde, dentre elas, o fornecimento de medicamentos”, explica o coordenador da parceria em Portugal, Jorge Magalhães.

Pensando nisso, a coordenadora do CEAF, Tereza Santos, que esteve representando o diretor do Instituto durante o evento, apresentou um panorama do que é Farmanguinhos e suas perspectivas. “Nós queremos ampliar acesso aos medicamentos, principalmente, para aqueles que mais necessitam. Então, a nossa proposta é aprimorar o trabalho feito por Farmanguinhos e discutir políticas em comum. Assim, poderemos chegar não só a Portugal, mas a outros países falantes de língua portuguesa”, afirmou.

A coordenadora do Centro de Empreendedorismo e Assistência Farmacêutica (CEAF), Tereza Santos, em sua apresentação sobre Farmanguinhos.

Mesmo com a distância, o idioma não foi o único ponto em comum dos estudiosos dos sistemas de saúde. Pesquisador do departamento de Saúde Coletiva da Fiocruz Pernambuco, Garibaldi Dantas demonstrou as questões brasileiras, como os problemas de seguridade social no Sistema Único de Saúde e a necessidade de realocação de recursos federais para o sustento do mesmo. Os tópicos abordados também perpassam pela apresentação do professor da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro e médico especializado em Medicina Geral Familiar, Vitor Coutinho, que descreveu o sistema de saúde português e suas perspectivas futuras.

Garibaldi Dantas e Eduarda Cesse durante a apresentação, que também aconteceu presencialmente no IAM/Fiocruz PE

“Eu julgo que seria importante estabelecer o compromisso mínimo existencial para o sistema. Essa é uma questão que deve ser colocada em agendas políticas e hierárquicas, assim como a compreensão de onde estaremos em 2040, para entendermos quais caminhos devem ser tomados”, diz Vitor.

Para além disso, Garibaldi coloca em pauta os recursos voltados à saúde. “O sistema não sobrevive com o quadro de gastos atual. Ele não corresponde à realidade brasileira ou aos pilares da seguridade social”, reflete. Os dados trazidos por ele são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em 2019, e revelam que o país segue o padrão europeu em gastos totais com a saúde, com o equivalente a 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Quando se fala do gasto público com a saúde, no entanto, o Brasil se distancia de Portugal, tendo um gasto público em saúde (3,9% Brasil 5,8% Portugal) inferior ao gasto privado, o que demonstra o enorme desafio para a manutenção das atividades do SUS. 

Vitor Coutinho (UA) fala sobre o sistema de saúde pública de Portugal

Debate sobre saúde

O evento foi celebrado pelos membros convidados. A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz, Cristiani Machado, por exemplo, evidenciou a importância do encontro entre os dois países que têm sistemas universais. “Mesmo com características tão distintas, é claro que essa parceria é de grande interesse para os nossos profissionais”. O mesmo foi dito pelo vice-reitor de pesquisa da UA, Artur Silva, que parabenizou a colaboração das unidades de pesquisa e desejou que encontros como esse gerassem um futuro promissor para ambos os países. Da mesma forma o vice-reitor para Cooperação, João Veloso, responsável pelo acordo da UA com a Fiocruz, aposta na potencialidade entre as instituições, em todo âmbito da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Acima, na imagem, o vice-reitor de pesquisa da UA, Artur Silva. Ao seu lado, a A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz, Cristiani Machado. Abaixo, temos o coordenador do projeto de Farmanguinhos em Portugal, Jorge Magalhães, e o diretor da Fiocruz Pernambuco, Pedro Neto.

O pró-reitor e membro da unidade de pesquisa em Governança, Competitividade e Políticas Públicas da UA, Filipe Telles, reforçou a necessidade do debate. Segundo ele, os assuntos relacionados à saúde deveriam também envolver a comunidade e a descentralização dos serviços, visto que essas são questões que possivelmente melhoram o acesso à saúde e que devem ser discutidas mais a fundo.

Enquanto debatedora do evento, a coordenadora Geral de Educação e adjunta da VPEIC, Eduarda Cesse pediu também que a colaboração não acabasse ali. “Que isso represente só o início de outras atividades. Principalmente, porque os desafios levantados por nossos colegas são separados pelas características diversas de cada país e, mesmo assim, chegam às mesmas questões como ausência de profissionais e problemas de financiamento”, falou. O reforço a essa fala veio do diretor do Instituto Aggeu Magalhães, Pedro Neto, que compareceu ao evento como membro da mesa de abertura. Para ele, a possibilidade de interação internacional é ainda mais positiva quando vista no pós-covid. “Esse evento é bem acolhido pelo Aggeu Magalhães, porque ele aponta uma perspectiva de cooperação que importa muito para a nossa comunidade e que espero que permaneça”, disse.

Parceria entre Fiocruz e Bayer fortalece o tratamento da doença de Chagas

No Dia Mundial da Doença de Chagas (14/4), a Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), e a multinacional alemã Bayer assinam um Memorando de Entendimento no Castelo Mourisco, sede da Fiocruz, em Manguinhos, Rio de Janeiro. O documento estabelece as bases para avaliação de um futuro acordo de cooperação para o fornecimento do medicamento nifurtimox ao governo brasileiro, um passo significativo para o tratamento da enfermidade.

Foto: Valeria Marinho – Farmanguinhos/Fiocruz

“Estamos muito felizes em darmos o primeiro passo, no dia de hoje, para uma parceria que poderá beneficiar os pacientes de uma doença negligenciada, ampliando o acesso a um importante medicamento, e fortalecendo o Sistema Único de Saúde”, celebra o presidente da Fiocruz, Mario Moreira.

Claus Runge, Vice-Presidente e Head Global de Acesso ao Mercado, Relações Governamentais e Sustentabilidade da divisão farmacêutica da Bayer, afirma que a parceria, que vem sendo construída há meses, reforça o compromisso da Bayer com a sustentabilidade em saúde em todo o mundo. “Este é um momento de muita alegria. Esta parceria atende a um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, fortemente alinhado com os objetivos globais ​​da Bayer de sustentabilidade, focando e combatendo doenças tropicais”.

Foto: Arielle Curti – Farmanguinhos/Fiocruz

O medicamento, produzido pela Bayer, é recomendado, conforme o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas doença de Chagas nº 397, de 2018, para o tratamento etiológico, em crianças e adolescentes na fase crônica indeterminada, e nos casos agudos, para qualquer faixa etária, nas situações em que Benznidazol não seja adequadamente tolerado. A obtenção do nifurtimox, atualmente, só é possível por meio de um acordo entre a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Bayer, não havendo fornecimento direto para o país, o que dificulta a sua aquisição.

Para Adib Jacob, presidente da divisão farmacêutica da Bayer América Latina e Brasil, o paciente deve estar no centro de toda ação em Saúde. “Essa parceria vai ao encontro direto com nosso propósito de levar mais saúde para a população brasileira, e é isso o que comemoramos no dia de hoje. Muito além de produzir inovações, é preciso garantir e ampliar o acesso a quem precisa delas. E esse é o primeiro passo de uma importante parceria para complementar o combate da Doença de Chagas”, completa o executivo.

Para o diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, a assinatura do documento representa um avanço no enfrentamento desse grave problema de saúde pública no país. “Estamos avaliando as possibilidades para um futuro acordo de cooperação entre as instituições a fim de prover o nifurtimox no Brasil de forma mais ágil, no intuito de disponibilizá-lo de acordo com a necessidade do paciente portador da doença de Chagas. Com isso, além de beneficiar a sociedade, fortalecemos o Complexo Econômico Industrial da Saúde”, afirma. Por ser um laboratório oficial do Ministério da Saúde (MS), Farmanguinhos tem como missão ofertar soluções integradas e sustentáveis para Sistema Único de Saúde (SUS).

Foto: Arielle Curti – Farmanguinhos/Fiocruz

Dia Mundial da Doença de Chagas

A data para a assinatura do documento tem característica simbólica. O dia 14/4 foi declarado pela OMS, em 2019, como o Dia Mundial da Doença de Chagas, uma estratégia para aumentar a conscientização sobre essa doença negligenciada. A afirmação de uma possível parceria surge, portanto, como uma forma de dar maior visibilidade ao tema.  

Estima-se que exista um milhão de pessoas afetadas pela doença no Brasil, segundo o Boletim Epidemiológico de Chagas, do MS, de 2021. Essa parcela da população se encontra entre os mais pobres, que sequer possuem diagnóstico correto da enfermidade. Ou seja, alheios às possibilidades de tratamentos existentes.

Foto: Peter Ilicciev – Fiocruz

Projeto social leva chocolates para crianças da Escola Municipal Joaquim Fontes

A Páscoa foi ainda mais especial para os alunos da Escola Municipal Joaquim Fontes, localizada na Cidade de Deus. Isso porque, com o apoio dos colaboradores do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), mais de 200 crianças receberam caixas de bombons em celebração ao momento. A campanha ‘Páscoa Solidária’ é coordenada pela equipe de Gestão Social da instituição há 13 anos, e realizou mais uma entrega na última quarta-feira, 5/04.

As doações foram coletadas durante todo o mês de março e contaram com a colaboração de pessoas como Saulo Moura, integrante do Departamento de Tecnologia e Informação (DETI) de Farmanguinhos. “Acompanho os projetos da Gestão Social há anos, assim como o quão árdua é a tentativa de trazer momentos amenos e felizes para a população que vive no entorno do CTM. Então, eu penso que não me custa nada renunciar a uma sobremesa no almoço, por exemplo, para comprar uma caixa de bombom para a campanha de Páscoa. Até mesmo porque acredito que esse ato fará uma diferença enorme na vida das crianças da comunidade”, disse.

Participações como a dele, são consideradas positivas pela equipe de Gestão Social. “Ter voluntários em campanhas assistencialistas é um exercício da empatia e solidariedade. Ao presentear com uma caixa de chocolate, estão levando esperança para crianças em situação de vulnerabilidade. Algo que não resolve os problemas do cotidiano, mas que traz a alegria e faz com que se sintam importantes e lembrados nesta data tão especial”, declarou a responsável pela assessoria do setor, Magali Portela.

Ao todo, foram entregues 226 caixas de bombom para crianças de 4 a 12 anos, do Ensino Fundamental I, que recebem aulas na unidade da rede municipal.

Resposta que vem da natureza

Pesquisa de Farmanguinhos avalia comportamento do látex de uma planta medicinal, popularmente conhecida como Janaúba, para tratamento de HIV/aids

O Laboratório de Tecnologia para a Biodiversidade em Saúde (TecBio) de Farmanguinhos tem investigado o comportamento do látex liofilizado de uma planta medicinal, popularmente conhecida como Janaúba, para tratamento de HIV/aids. A pesquisa avalia os componentes ativos contidos nesta substância natural como base conceitual para desenvolver um fitoterápico.

Denominado Desenvolvimento do protótipo de um medicamento de origem natural na terapia de erradicação do HIV de organismos infectados, o estudo é coordenado pelo pesquisador do TecBio, Antonio Carlos Siani. O projeto conta com colaboração do grupo de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), liderado pelo pesquisador Amílcar Tanuri, e com o Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz).

A pesquisa foi contemplada com recursos do programa Inova Fiocruz, na categoria Projetos Especiais. O grupo de pesquisa produziu um vídeo bem didático que resume o projeto. Clique na imagem abaixo e confira.

Página 7 de 56