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Garantia da Qualidade na pandemia

No quarto episódio da série “O que eu fiz durante a Pandemia?”, Ana Nardacci, da Vice-diretoria de Gestão da Qualidade, conta como tem sido o serviço de Boas Práticas de Documentação durante essa nova realidade e os aprendizados e resultados obtidos nesse período

Vinculado à Garantia da Qualidade, o Serviço de Boas Práticas de Documentação tem como foco principal assegurar que as documentações da unidade sigam as legislações vigentes e os padrões estipulados para a indústria farmacêutica (de criação, aprovação, preenchimento, cópia, manutenção e modificação), contemplados pelos guias de Boas Práticas de Documentação (BPD), bem como assegurar a integridade desses dados.

Para saber como foi esse processo de adaptação da área à nova realidade e também conhecer os trabalhos desenvolvidos ao longo desse período, confira abaixo o nosso bate-papo com a gestora do setor, Ana Nardacci.

Ana atua como coordenadora da Garantia da Qualidade de Farmanguinhos desde 2004 (Foto: Tatiane Sandes)

 

Como tem sido a rotina de trabalho do setor durante a pandemia?

Aqui na Qualidade, primamos pela integração e o bem-estar de todos. O fato de saber que teríamos que conviver no mesmo espaço, sem podermos estar “juntos”, foi bem ruim. O ser humano não foi criado para viver isolado! E isso ainda está sendo um grande desafio para todos nós.

Quanto ao trabalho diário, praticamente não tínhamos ações na nossa rotina que pudessem ser feitas remotamente, mas precisávamos nos reinventar, isto é, fazer o novo e implantar o sistema de rodízio (dias trabalhando home office, outros presencialmente na instituição). Foi preciso reestruturar a nossa área, implantar o sistema de escalas e encarar as mudanças. Tudo foi realmente um aprendizado.

Com o tempo, observamos que a equipe ficou ainda mais unida, mais comprometida em ajudar uns aos outros, aquele que fica em home office depende, muitas vezes, da ajuda de quem está presencial e vice-versa. E desta forma, temos conseguido dar continuidade às atividades do setor.

Quais foram os principais desafios que o setor enfrentou?

Orientar a equipe de forma rápida e eficaz sobre o Plano de Contingência implantado pela unidade e também sobre o gerenciamento dos documentos da Qualidade, tanto de forma física quanto virtual. Outro desafio foi implementar o distanciamento social em nosso Setor. Difícil demais! Somos muito interdependentes, precisamos trocar informações o tempo todo. Além disso, foi necessário construir toda uma infraestrutura e rotina de home office.

A equipe do Serviço de Boas Práticas de Documentação se reveza para manter as atividades presenciais da área (Foto: Tatiane Sandes)

 

O que você destacaria como aprendizado obtido nesse período?

Sem dúvida nenhuma, o maior aprendizado foi constatar na prática o incrível poder de superação do ser humano! Somos perfeitamente adaptáveis. A prova disso foi o recorde de Produção alcançado em 2020. Talvez o pior ano que já enfrentamos, no tocante ao emocional de todos, e mesmo assim nos superamos.

Como você vê o seu setor depois da pandemia?

Um procedimento que chegou para ficar, com certeza, foi a modalidade de Treinamento online. Nesse período, utilizamos algumas ferramentas, como o Teams e o Moodle, que nos possibilitaram uma maior aderência aos treinamentos, além de reduzir o número de turmas e otimizar todo o processo. O outro que vem dando certo e que estamos aperfeiçoando é o de Análise Crítica e Aprovação de Documentos de forma remota. Além da agilidade no fluxo, o método está servindo também como um teste para o momento da implantação do processo de assinatura digital, que é a nossa meta.

Algum projeto em desenvolvimento?

Temos diversos projetos em desenvolvimento, mas o maior deles é realizar a Semana da Qualidade desse ano dentro da nova realidade. A ideia é divulgar a Qualidade para todos os profissionais da unidade, através de atividades criativas e atrativas, ainda que remotas. Esse ano temos como objetivo principal divulgar que Qualidade é decisão! Decidimos ser Qualidade, independente das circunstâncias, porque sabemos da importância da nossa instituição para a saúde pública brasileira.

Sobre Ana Nardacci – Formada em Farmácia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), possui especialização em Bioquímica/Análises Clínicas. Entrou em Farmanguinhos em 2004, como coordenadora da Garantia da Qualidade, área onde permanece até hoje. Sua atual equipe é composta por 10 Colaboradores.

Farmanguinhos distribui alimentos e chocolate na Cidade de Deus

As ações fazem parte da campanha Páscoa Solidária da unidade. 480 caixas de bombons já foram distribuídas às crianças. A próxima etapa é entregar cestas básicas a 100 famílias

 

A pandemia do novo coronavírus aumentou o desemprego e agravou a fome nas favelas. De acordo com um levantamento da Central Única de Favelas (Cufa), 82% da população dessas áreas dependem de doações para alimentar a família. É o caso dos moradores da Cidade de Deus, comunidade da zona oeste carioca com mais 60 mil habitantes. Neste cenário desafiador, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) tem desenvolvido uma série de ações em prol dessa população. A mais recente é a Campanha Páscoa Solidária que, além de adoçar a vida das crianças com chocolates, também entregará cestas básicas às famílias.

Inicialmente, a instituição distribuiu 480 caixas de bombons para as crianças vinculadas a projetos de instituições parceiras da Assessoria de Gestão Social da unidade, como a Associação Sementes da Vida (Asvi), Alfazendo, Comunidade Guaranys e Canelinhas. As entregas foram realizadas na semana da Páscoa, tornando a data mais doce e cheia de alegria para a criançada.

Em paralelo, considerando a gravidade da situação e dando continuidade à campanha, a força de trabalho de Farmanguinhos está se mobilizando para doar cestas básicas à comunidade. A meta é beneficiar 100 famílias com a entrega de alimentos.

“A criança de favela vive uma realidade muito dura, em que sonhar é um privilégio de poucos. Assistem pelas telas outras crianças iguais a elas esbanjando sorrisos e alegrias por ganharem seus ovos de Páscoa. A Direção de Farmanguinhos sabe bem como as desigualdades e as privações marcam a vida destas crianças e doar nesta páscoa tão atípica fez a total diferença. Além disso, estamos vivendo tempos difíceis de pandemia em que os riscos de morte se sobrepõem ao sentimento de esperança e de vida. Então, nesta Páscoa, não faria sentido doar somente chocolates. Vamos expandir a campanha e também doar alimentos, já que muitas famílias dependem do nosso afeto para superar a fome”, destaca a supervisora da Assessoria de Gestão Social, Magali Portela.

Confira, abaixo, as fotos das entregas:

Fiocruz amplia a vacinação de seus trabalhadores a partir de 26/4

Medida segue critérios de vacinação da SMS/RJ para trabalhadores da saúde

O Núcleo de Saúde do Trabalhador da Coordenação de Saúde do Trabalhador (Nust/CST/Cogepe) ampliará a vacinação para os trabalhadores da Fiocruz a partir da próxima segunda-feira (26/4). Neste primeiro momento, a vacinação seguirá a faixa etária determinada pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro para trabalhadores da saúde, começando com a idade de 59 anos. O Nust avançará com a vacinação para outras faixas etárias, conforme comunicados que serão emitidos semanalmente. As unidades regionais devem se atentar às diretrizes locais.

No Campus Manguinhos, a campanha acontecerá no pátio coberto da Asfoc-SN (Estação Asfoc). O acesso ocorrerá pela parte externa do prédio, por meio da rampa localizada atrás da sede. Serão fornecidas 160 senhas diariamente no local, a partir das 9 horas, conforme ordem de chegada. O Nust/CST aplicará 80 doses pela manhã e outras 80 à tarde. Bio-Manguinhos, Farmanguinhos, IFF e INI vacinarão seus trabalhadores nas respectivas unidades, de acordo com seus comunicados internos.

Em relação à vacinação conduzida pelo Nust/CST, pedimos atenção especial ao calendário de idades, listado abaixo, e que será amplamente divulgado internamente, pois apenas trabalhadores daquela faixa se imunizarão nas datas determinadas. Serão destinados dois dias de vacinação para cada idade e não haverá divisão por gênero.

Até o momento, a Fiocruz já vacinou todos os trabalhadores da linha de frente ao enfrentamento da Covid-19 da assistência, em geral, e iniciou a vacinação das equipes da cadeia de produção de insumos para saúde.

Quem desejar se imunizar na rede municipal poderá solicitar declaração

A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou em seu calendário de imunização contra a Covid-19 a inclusão da categoria trabalhadores da saúde como um dos critérios de priorização para a vacinação no município, a partir do próximo dia 26/4. Antes, além da idade, o critério abrangia apenas profissionais de saúde, que são trabalhadores de categorias específicas. Com a ampliação do conceito, entende-se que todos os funcionários e colaboradores da Fiocruz se enquadram no novo perfil contemplado.

Aos servidores, bastará apresentar um contracheque e crachá da Fiocruz no dia destinado a sua faixa etária de vacinação nos postos de saúde habilitados. Já aos terceirizados, bolsistas e estagiários será concedida uma declaração comprobatória de vínculo com a instituição, que deverá ser apresentada juntamente com um documento de identificação na rede do município do Rio ou de seus respectivos domicílios, observando os critérios locais. Essa declaração deve ser solicitada junto ao Serviço de Gestão de Pessoas (SGP) de cada unidade e será enviada por meio eletrônico.

Quem não poderá se vacinar?

Os trabalhadores que tiverem contraído a Covid-19 com menos de 30 dias ou que tenham se imunizado com qualquer vacina do Programa Nacional de Imunização (PNI) em até 14 dias não poderão se vacinar no calendário da instituição. Não há mais orientação de restrições para gestantes e puérperas. Para se vacinar no posto montado pelo Nust/CST é obrigatória a apresentação de documento de identificação e crachá ou outro documento que comprove vínculo com a Fiocruz.

Confira abaixo o calendário de vacinação do Nust na sede da Asfoc-SN por idade na próxima semana (distribuição de senhas – a partir das 9h):

Servidores, terceirizados, bolsistas e estagiários (mulheres ou homens) com:

26/4 (segunda-feira): 59 anos de idade

27/4 (terça-feira): 59 anos de idade

28/4 (quarta-feira): 58 anos de idade

29/4 (quinta-feira): 58 anos de idade

30/4 (sexta-feira): 57 anos de idade*


* A idade de 57 anos será repetida na segunda-feira (3/5), a princípio juntamente com o primeiro dia de vacinação para trabalhadores com 56 anos. Na próxima semana, será divulgado um novo calendário com as faixas etárias seguintes a serem vacinadas.

Comissão Eleitoral de Farmanguinhos recebe inscrições de candidatos (as) ao cargo de Diretor (a) da unidade

Candidatos(as) ao cargo de diretor(a) poderão se inscrever até sexta-feira (9/4), presencial ou por e-mail

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Comissão de Biossegurança orienta sobre o uso de máscaras

Em meio a tantas informações e novidades sobre a Covid-19, é normal surgirem algumas dúvidas da melhor forma de prevenção. O uso da máscara que seja realmente eficaz é um dos questionamentos, principalmente devido às variantes e as opções apresentadas no mercado.

O profissional Luis Henrique Pereira, da Comissão Interna de Biossegurança, elaborou um material para esclarecer qual máscara adequada para uma proteção eficaz, que atenda aos requisitos mínimos de proteção respiratória, recomendados pelos órgãos oficiais de saúde e do trabalho.

Segundo Pereira, as máscaras são para proteger contra gotículas e não aerossol. Há diversos tecidos para confecção das máscaras, mas boa parte de quem compra não vai ter discernimento na hora da escolha do tecido.

Estudos científicos (Scielo e outros) mostram que a máscara é a principal forma de proteção na prevenção da Covid, pois a via de entrada do SARS-Cov-2 no organismo é respiratória. A máscara também ajuda a impedir que as pessoas toquem a boca e o nariz com as mãos, diminuindo a contaminação.

  • MÁSCARA PFF2/N95

As máscaras PFF2/N95 são tecnicamente conhecidas como respiradores purificadores de ar, descartáveis. Alertamos que quem faz uso das mesmas deve seguir as recomendações do Programa de Proteção Respiratória da FUNDACENTRO, como por exemplo, nunca usar estas máscaras com barba, pois a eficácia estará comprometida.

É importante destacar, que durante a pandemia, também não é adequado usar as máscaras com válvula, pois se a pessoa estiver contaminada a válvula vai permitir a saída do vírus pela mesma.

  • MÁSCARAS DE TECIDO

 As máscaras de tecido tornaram-se imprescindíveis durante a pandemia da COVID para a proteção individual e coletiva, cuidando da nossa saúde e protegendo os familiares, colegas de trabalho, amigos.

É recomendado o uso de tecido de baixa porosidade com alta contagem de fios. Materiais como seda natural, chiffon e flanela podem fornecer um bom filtro eletrostático de partículas, o que atrai a gotícula (que contém o vírus). Máscaras com tecidos combinados podem melhorar a proteção, mas carecem de estudo, assim como também as máscaras de tecelagem que não possuem costura, pois a costura frontal seja na vertical ou horizontal reduz a eficácia de filtragem.

Existem máscaras no mercado que possuem abertura para inserir o mesmo material das máscaras cirúrgicas, o TNT (Tecido Não Tecido) que deve melhorar a proteção, mas não há estudos sobre esses diversos modelos, pois o tamanho do TNT é variado. Há outros modelos que levam aplicação de produtos químicos, como por exemplo o íon de prata, que promete desativar 99% de bactérias e vírus, mas não há estudos para comprovar se efetivamente desativam vírus. E, por último, há máscaras que utilizam tecnologia 3D KNIT de tecelagem, utilizando diversos tipos de fios de tecido como poliéster e elastano, podendo ter várias camadas e sem usar costuras na face frontal da máscara. Há máscaras que utilizam as três tecnologias citadas acima, mas o custo unitário das mesmas não é de fácil acesso e variam muito de preço, dependendo do vendedor/fabricante. Estas também carecem de estudo para avaliar a eficácia. Algumas máscaras utilizam tecidos desenvolvido com Amni® Virus-Bac OFF, poliamida antiviral e antibacteriana, mas também não há estudo científico para comprovar a eficácia.

É importante lembrar que a máscara de tecido perde a eficácia com o tempo de uso e umidade, por isso a necessidade de trocar a cada duas horas ou sempre que estiver úmida.

  • FACE SHIELD

A face shield ou o protetor facial, como é conhecido no Brasil, não é uma manta protetora e consequentemente não filtra o ar, além de ter suas partes laterais muito abertas. A proteção deveria ser usada com uma máscara por baixo, pois as partículas podem ficar pelo ar por um período de tempo, dependendo do tamanho, e sem o uso das máscaras por baixo dessa proteção facial, os profissionais correm o risco de se contaminar.

Recentemente, motivado pela pandemia e por inovações para que as pessoas possam ver a boca e nariz, foi criado um protetor facial parcial, para que possa expor sorrisos e permitir a leitura labial, principalmente para facilitar a comunicação com os surdos. Essa nova forma de proteção, similar ao formato de uma máscara, não é e não pode ser usada como uma máscara, pois sua função, pelas características do material utilizado (acrílico, polietileno, policarbonato ou outro material rígido transparente), é igual a um protetor facial e nunca igual a uma máscara, seja ela qual for incluindo as de pano. Esse tipo de proteção possui o mesmo problema do protetor facial, ou seja, tem abertura em alguma extremidade para entrar o ar, logo não há o mínimo de vedação. O ar entrará por onde houver abertura e quanto maior a abertura mais fácil a contaminação.

O protetor facial começou a ser utilizado com mais frequência no atendimento aos pacientes na atenção hospitalar por causa da falta de máscaras PFF2/N95 e, a consequente necessidade de reutilizar essas máscaras específicas para atendimento aos pacientes, pois as gotículas e aerossóis seriam obstruídas frontalmente diminuindo o acúmulo dos vírus nas máscaras.

Há outros produtos faciais importados que acompanham o formato do rosto e com apoio no nariz e na orelha como se fosse uma grande lente de óculos única, e que são vendidos pela internet e que também devem ser usados junto com máscara, pois alguns são protetores UV e não protetor facial.

Para as pessoas que possuem surdez, foram confeccionadas máscaras caseiras, com visor frontal transparente para facilitar a leitura labial, mas que fique claro que estas devem possuir uma boa área de tecido ou outro material, para que haja filtragem do ar e não ocorrer falhas na junção entre visor da boca e o tecido, para evitar perda de eficácia das mesmas.

Lembre-se: O uso de máscaras deve ser associado à higienização das mãos e ao distanciamento social. Evite aglomerações, principalmente em locais fechados.

Vamos juntos combater o vírus!

Para tirar dúvidas sobre o assunto, procure a Comissão de Biossegurança, através do e-mail biosseguranca@far.fiocruz.br.

Redação: Luis Henrique Pereira
Revisão: Leonardo Noboru Seito
Comissão de Biossegurança de Farmanguinhos
Contato: biosseguranca@far.fiocruz.br

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