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Centro de Estudos debate sobre os desafios regulatórios no tratamento das doenças negligenciadas

O encontro, com transmissão pelo canal de Far no Youtube, teve como convidado o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa

O Centro de Estudos do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) retomou suas atividades com a palestra “Os desafios regulatórios no tratamento das doenças negligenciadas”, proferida pelo gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gustavo Mendes. Mediada pela coordenadora da Divisão de Gestão de Desenvolvimento Tecnológico, Juliana Johansson, a mesa de abertura foi composta pelo diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, pela coordenadora da área de Educação, Mariana Souza, e pela vice-diretora de Educação, Pesquisa e Inovação (VDEPI), Núbia Boechat.

O encontro virtual foi realizado no dia 2 de junho com transmissão pelo canal de Farmanguinhos no YouTube. Neste sentido, dada a importância do tema, o evento recebeu uma audiência expressiva, o que incluiu, além de trabalhadores da Fiocruz e estudantes dos cursos de pós-graduação da unidade, profissionais de diferentes instituições nacionais, tais como universidades, institutos pesquisa, ciência e tecnologia, órgãos públicos, empresas privadas e pessoas interessadas no assunto.

Durante a abertura, Jorge Mendonça ressaltou a importância desse ambiente para a troca de conhecimento e aprendizado.

“Os seminários possibilitarão aos participantes obter um grande aprendizado com os palestrantes por meio de suas experiências e conhecimento. Agradeço ao Gustavo Mendes por ter aceito o nosso convite para ministrar esse primeiro encontro e por nos permitir entender o ponto de vista da Agência Reguladora em relação aos seus desafios, em especial aos de doenças negligenciadas, que é uma das missões de Farmanguinhos”, frisou Mendonça.

O Centro de Estudos surgiu da necessidade de criar um espaço para que pós-graduandos, discentes e estudantes pudessem debater assuntos relativos à indústria farmacêutica e ao Complexo Econômico Industrial da Saúde (Ceis). Neste sentido, diante da nova conjuntura mundial, Farmanguinhos retomou essa atividade de forma online.

“Com os encontros no formato virtual, reunimos estudantes e profissionais que atuam em outros campi da unidade, o que não ocorria presencialmente. Além desse público, podemos alcançar interessados no assunto, bem como convidar palestrantes de qualquer lugar do mundo, enriquecendo as discussões”, observou a coordenadora de Educação, Mariana Souza.

Segundo a coordenadora, este tema inicial do novo ciclo foi uma demanda colocada pelos próprios profissionais do Instituto.

“Esse tópico surgiu como reivindicação dos nossos trabalhadores, alguns dos quais são estudantes dos nossos cursos de pós-graduação. A questão em si já é um importante tema de debate, e a possibilidade de ter o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa como palestrante tornou o encontro ainda mais rico”, frisou Mariana.

 

Desafios regulatórios – Gustavo Mendes fez um panorama sobre as atividades da Anvisa, apresentando sua missão institucional e atuação, além de mostrar as etapas dos seus principais processos. Sobre os desafios regulatórios nos tratamentos de doenças e as tendências para os próximos dez anos, o palestrante apontou que é preciso encarar as novas perspectivas que surgem para a tomada de decisão, dentre os quais, utilização de ferramentas digitais e inteligência artificial.

“Os dados gerados na área farmacêutica, de segurança e de eficácia dos produtos, estão sendo produzidos em grande quantidade e com uma rapidez cada vez maior. A utilização desses dados, que são chamados de big data, representa um grande desafio para a ação regulatória. É necessário desenvolver ferramentas que consigam transformar esse big data em dados científicos que possam auxiliar a regulação de medicamentos”, observou Mendes.

O palestrante destacou que os pacientes são atores importantes na área de medicamentos por apresentarem experiências de vida real, expectativas e pontos de vista que possam contribuir para delineamento de estudos. Mendes ressaltou ainda a relevância do uso de evidências de vida real para fins regulatórios, o que alavanca pesquisas e inovação em ciência regulatória (que contempla parceria e interação entre a Anvisa, universidades e centros de estudos) a fim de ter acesso a medicamentos o quanto antes, especialmente no caso de doenças negligenciadas que a grande indústria não tem interesse. Cabe às instituições envolvidas com as questões de saúde pública enfrentar esses desafios e desenvolvê-los cada vez mais.

Ao final da apresentação, Mendes interagiu com o público e respondeu as perguntas encaminhadas pelos participantes no chat.

Próximos seminários – A previsão é de que aconteça toda primeira quarta-feira do mês, entre 9h e 10h, pelo canal de Farmanguinhos no YouTube. Os encontros são abertos ao público, sem necessidade de inscrição prévia. Para receber o certificado de participação do evento, os interessados deverão assinar a lista de presença virtual, disponibilizada durante a live. As apresentações serão gravadas e ficarão disponíveis no Youtube. Inscreva-se no canal e ative o lembrete (sininho) para notificar o início da atividade.

Clique aqui para assistir à apresentação de Gustavo Mendes.





 

Farmanguinhos distribui cestas básicas para famílias da Comunidade Guaranys

A ação contemplou 103 famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social em uma das comunidades próximas ao campus CTM

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) distribuiu 103 cestas básicas para moradores da Comunidade Guaranys, localizada no entorno do Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM), em Jacarepaguá. A doação é fruto da mobilização da força de trabalho da unidade, que aderiu à campanha Páscoa Solidária, liderada pela Assessoria de Gestão Social, e arrecadou os recursos necessários para comprar os alimentos. A ação tem o intuito de minimizar a situação da fome dessa população resultante dos impactos da pandemia.

103 famílias da Comunidade Guaranys foram contempladas com uma cesta básica.

Supervisora da Assessoria de Gestão Social de Farmanguinhos, Magali Portela explica como surgiu a ideia de distribuir cestas básicas às famílias, além das tradicionais caixas de bombom.

“Quando idealizamos a campanha de Páscoa, nos inspiramos na experiência do Natal Solidário que havia sido um grande sucesso. A ação seguiria o mesmo padrão de captação, porém a meta era alcançar um número maior de contemplados, 100 cestas ao invés de 10, já que as doações do território haviam sido reduzidas e a fome entre as famílias mais pobres estava aumentando. Com a ajuda de uma liderança local, foi realizado o cadastramento desses beneficiados tendo como critério o grau de vulnerabilidade e urgência”, revela.

As famílias receberam a cesta de acordo com o grau de urgência

Magali também destaca a importância da mobilização dos colaboradores para a realização da ação.

“A campanha teve uma resposta muito rápida. Com duas semanas já havíamos atingido 50% da meta. Esse resultado nos possibilitou atender de prontidão as famílias com mais urgência de alimentos. As outras receberam as cestas restantes no início deste mês”, frisa.

Mil famílias da Cidade de Deus e de outras comunidades da zona oeste serão atendidas durante cinco meses

A Páscoa solidária fez tamanho sucesso que Farmanguinhos fechou uma parceria com a Cooperação Social da Fiocruz, que aumentará a quantidade de beneficiados e o tempo de assistência.

“Com essa parceria ampliamos o alcance e a duração da nossa campanha. Durante cinco meses, mil famílias serão atendidas, sendo 500 cestas para a Cidade de Deus e o restante para outras comunidades da Zona Oeste”, conclui.

Jorge Mendonça é reeleito diretor de Farmanguinhos

O candidato, atual diretor do Instituto, foi reeleito com 160 votos

Jorge Mendonça com os colaboradores que assistiram à transmissão online da apuração (Foto: Alexandre Mattos)

A Comissão Eleitoral de Farmanguinhos divulgou nesta quarta-feira (12/05) o resultado da votação para Direção da unidade (exercício 2021-2025). O candidato Jorge Souza Mendonça, atual diretor do Instituto, foi reeleito com 160 votos.

O candidato acompanhou a apuração dos votos, conduzida pelo presidente da Comissão Eleitoral, Jacob Portella. (Foto Alexandre Mattos)



Confira o quadro geral da votação:

Colégio Eleitoral (servidores com direito a voto) – 188 eleitores
Votos totais – 181
Candidato Jorge Souza Mendonça – 160 votos
Brancos –   6
Nulos –  15

Calendário Eleitoral:
13/05 – Prazo para impugnação
17/05 – Homologação do resultado pela Assembleia de Servidores
17/05 – Encaminhamento do resultado para a Presidência da Fiocruz

 

Silvia Santos (vice-diretora de Gestão Institucional),  Vânia Dornellas (chefe de Gabinete), Jorge Mendonça, Marcelo Albuquerque (vice-presidente da  Comissão Eleitoral) e  Jacob Portela.  (Foto: Alexandre Matos)

Farmanguinhos assina acordo com instituição britânica para estudos de plantas medicinais

O Instituto e o Royal Botanic Gardens Kew desenvolverão pesquisas de interesse comum com plantas da biodiversidade brasileira

O Instituto de Tecnologia em fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) assinou, no dia 29 de abril, um acordo com a instituição britânica Royal Botanic Gardens Kew com vistas à realização de estudos com plantas da biodiversidade brasileira. Com a vigência de cinco anos, a cooperação regulamenta a confidencialidade de informações e dados compartilhados sobre a biodiversidade vegetal e o uso para fins medicinais.

 

O diretor Jorge Mendonça destacou os frutos que possam surgir desta parceria.

“É uma oportunidade de pesquisarmos e desenvolvermos novas soluções terapêuticas inovadoras a partir da biodiversidade nacional, já que temos no Brasil a maior biodiversidade do mundo. Que surjam estratégias de longo prazo, para que possamos desenvolver novos medicamentos para tratar a nossa população”, afirmou o diretor.

O acordo foi assinado em uma reunião virtual, através da assinatura eletrônica no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) da Fiocruz. Além de Jorge Mendonça, o evento virtual contou com a presença dos representantes da Kew Gardens, Alan Paton e Bob Allkin, gerente do programa. Representando Farmanguinhos, estiveram presentes os profissionais do Núcleo de Inovação Tecnológica, Carla Silveira e Jorge Magalhães, o gerente do programa, Marcelo Galvão, a responsável pelo Departamento de Produtos Naturais, Maria Behrens, o chefe do Centro de Inovação em Biodiversidade em Saúde, Glauco Villas Boas, e a responsável pela Assistência Técnica Processual, Patrícia Ticom.

O acordo foi assinado virtualmente pelos representantes das instituições pelo Sistema Eletrônico de Informações (SEI/ Fiocruz)

Farmanguinhos promove capacitação em Libras para seus colaboradores

Profissionais de diversas áreas participaram da primeira turma do curso e já começaram a se comunicar com os colegas surdos na Língua Brasileira de Sinais

 

Promover a cultura da inclusão e ampliar a comunicação entre os colaboradores da unidade foram os principais objetivos do curso de Introdução à Língua Brasileira de Sinais (Libras), promovido pelo Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos (DDRH), da Vice-diretoria de Gestão do Trabalho (VDGT). Ministrada de forma híbrida (algumas aulas presenciais e outras remotas) pelo professor e intérprete Gabriel Sampaio, a turma teve oito encontros e contou com a participação de 18 profissionais de áreas diversas e que atuam diretamente com os trabalhadores surdos.

Os alunos participaram de encontros presenciais e remotos. (Foto: Tatiane Sandes)

 

Durante a capacitação, os participantes aprenderam sobre a língua, cultura e identidade da comunidade surda. Para alguns esse foi o primeiro contato com a Libras, caso de Sônia Eveline, da Seção de Gestão de Documentos. Com a participação no curso, ela se sente mais preparada para se comunicar com Augusto Loureiro, seu colega de equipe.

“Convivi durante anos com ele, tentando me comunicar fazendo alguns sinais (muitas vezes errados). Agora tenho a oportunidade melhorar e me aperfeiçoar. Estou muito satisfeita com o aprendizado e empolgada cada dia mais para conversar com ele. É um aprendizado para levar para vida”, revela Sônia.

As aulas foram ministradas para colaboradores de diversas áreas da Unidade. (Foto: Tatiane Sandes)

Diferentemente, Saulo Silva, do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI), já conhecia alguns sinais aprendidos no cotidiano. O curso, portanto, veio expandir esse conhecimento.

“Trabalho direto com o Laertti, que é surdo. Antes já tentava manter uma comunicação mínima em Libras, pedindo para que ele me ensinasse alguns sinais mais básicos de trabalho. Contudo, agora com o curso, consegui evoluir nos assuntos e integrar melhor o colaborador ao dia a dia da equipe”, frisa.

Os alunos puderam colocar em prática os conhecimentos obtidos nas aulas. (Foto: Tatiane Sandes)

Para Vera Oliveira, do Departamento de Gestão da Saúde do Trabalhador (DGST), mesmo tendo curta duração, o curso proporcionou a comunicação além da rotina laboral.

“Tenho certeza de que, a partir de agora, conseguirei me comunicar mais adequadamente com a comunidade surda e poder conhecer melhor seus estilos de vida, hábitos e sonhos”, expõe.

Os colaboradores surdos participaram de algumas aulas e interagiram com os alunos em Libras. (Foto: Tatiane Sandes)

O vice-diretor de Gestão do Trabalho, André Cordeiro, que também participou da capacitação como aluno, fez uma avaliação do curso e mencionou a sua importância para a instituição. 

“Como aluno foi uma experiência incrível. Estou muito feliz com a decisão de ter participado dessa imersão inicial. Como gestor, acredito que tenha sido um sólido movimento na direção certa. Precisamos ampliar nossos horizontes e aumentar a nossa capacidade de comunicação, além de incluir nossos trabalhadores surdos nas discussões internas, de elaboração e de melhoria nos processos de trabalho”, pondera.

Tainá Marini (DARH), na imagem com o professor Gabriel, vinha aprendendo alguns sinais com Adão Silva, seu colega de equipe, e expandiu seu conhecimento em Libras através do curso. (Foto: Tatiane Sandes)

Acessibilidade – De acordo com Cordeiro, o tema está na agenda da VDGT como uma prioridade. “Temos certeza de que com um ambiente de trabalho mais inclusivo poderemos ampliar as potencialidades organizacionais de Far”. Com isso, o curso passa a somar com as outras iniciativas que fazem parte da política institucional de inclusão desses profissionais na rotina da unidade, que já contempla participação no Coral, palestras com intérpretes e outras atividades corporativas.

A pauta é endossada pelos surdos Laertti Carpenter, do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI), e Adão  Silva, da Vice-diretoria de Gestão do Trabalho. Esses profissionais, que participaram de algumas aulas do curso, destacaram a relevância dessa ação.

“Quando a gente aprende uma Língua, a gente dá valor a ela e também ao seu devido status. Passamos a conhecer a sua comunidade e a reconhecer os seus falantes. Espero que  continuem buscando mais conhecimento. Foi muito bom ter participado e ver que eles já conseguem se comunicar. Esse é o primeiro passo para que possamos construir a nossa base e criar uma troca. Agora, a partir desse conhecimento adquirido, eu poderei ajudá-los na Língua e eles poderão me ajudar no meu trabalho, além de conversar sobre a nossa vida, nossa rotina, por exemplo. A Língua define o ser humano, quem nós somos. Ver que eles estão aprendendo a minha Língua é muito importante. É muito bom eu estar aqui e ver que isso está acontecendo dentro da instituição”, relata Laertti.

Para Adão, o contato diário facilita o aprendizado.

“Eu tenho muito contato com a Tainá Marini e sempre ensino algum sinal para ela e com isso a gente consegue conversar. É muito bom ver que esse grupo está aprendendo Libras e assim eu posso conversar com eles também. Conheço muitos de ver no corredor, mas não sei onde ou com o que trabalham. Então, a partir desse curso, eles vão conseguir ter o básico para se comunicarem no idioma e, assim como a Tainá, também aprender no dia a dia com a gente. Qualquer dúvida, se quiser saber algum sinal, é só me perguntar”.

A partir de agora, os alunos se tornaram multiplicadores, levando para os seus setores os conhecimentos adquiridos dentro de sala de aula, como também para suas vidas pessoais.

18 profissionais da unidade já estão aptos a se comunicar com os colegas surdos em Libras. (Foto: Tatiane Sandes)

Próximas turmas – Sobre as perspectivas da capacitação, André Cordeiro analisa qual será sequência. “Vamos agora avaliar os resultados obtidos e também os impactos subjetivos nas áreas para determinar os próximos passos. Temos que saber o que será mais efetivo: se aprofundar/avançar com a turma já formada no módulo de introdução ou se devemos ampliar o número de trabalhadores de Far para adquirirem o entendimento básico”, salienta.

 

 

 

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