Evento híbrido recebeu 120 alunos para aula inaugural sobre assuntos regulatórios
(mais…)Autor: Viviane Oliveira (Página 1 de 77)
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Manhã – com transmissão pelo YouTube
9h – Chegada dos participantes
9h15 – Abertura e apresentação da Comissão Interna de Autoavaliação
Vice-diretora da Educação, Pesquisa e Inovação, Núbia Boechat
Responsável pelo Departamento de Educação, Eduardo Souza
Coordenação PPG – PTFM, Alessandra Viçosa
9h40 – Visão geral da autoavaliação
10h – Autoavaliação e apresentação da síntese dos questionários aplicados a discentes, egressos, docentes, gestão acadêmica e comunidade externa
11h15 – Debate
12h30 – Intervalo para almoço
Tarde – evento híbrido com link no Zoom, somente para envolvidos
13h30 – Discussão do Planejamento Estratégico (análise de metas)
16h – Encerramento
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O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) recebeu a visita de representantes da Coordenação-geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos, do Ministério da Saúde, para reunião sobre novas tendências de medicamentos essenciais e necessários, para verificar viabilidade de futuramente se tornarem medicamentos fornecidos pela unidade.
O Coordenador-geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos, Luiz Henrique Costa, apresentou o Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (Cesaf) e os medicamentos fornecidos por laboratórios públicos e privados. “Temos grande relação com doenças de vigilância em saúde, infecciosas, bacterianas, virais e negligenciadas. Atualmente, são 27 programas, com 77 fármacos em 112 apresentações distribuídas para o Sistema Único de Saúde (SUS). Nos dados gerais de 2023, há um equilíbrio grande no valor empenhado para medicamentos de laboratórios públicos e nas unidades adquiridas. Tem uma qualidade no laboratório público de conseguir fornecer 58% de tudo que necessita, com apenas 19% do gasto-orçamentário. Diferente do total pago aos laboratórios privados, envolvendo 71% do gasto e fornecendo 24% apenas”, falou.
As consultoras técnicas da coordenação, Patricia Teixeira, Amanda Faqueti e Kátia Kummer, também estiveram presentes no encontro e demonstraram os medicamentos atuais que carecem de produção nacional, inclusive em formulações pediátricas.
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O diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, ressaltou a importância de entender as necessidades do ministério e fortalecer a indústria nacional. “Este encontro foi muito importante para verificarmos de forma estratégica quais produtos podemos internalizar, para que atendam as necessidades da população e fortaleçam a produção nacional de medicamentos. Farmanguinhos possui infraestrutura e equipamentos inovadores, principalmente com uma área nova de tuberculostáticos, e realiza pesquisa e desenvolvimento de novas formulações para cuidar da saúde da população brasileira”, explicou.
Alessandra Esteves e Juliana Johansson, da Coordenação de Desenvolvimento Tecnológico, e Núbia Boechat, vice-diretora de Educação, Pesquisa e Inovação (VDEPI), junto do pesquisador do Laboratório de Síntese, Frederico Branco, apresentaram projetos institucionais de desenvolvimento e pesquisa para o tratamento de algumas doenças, como tuberculose, esquistossomose e HIV/aids. A vice-diretora de Operações e Produção, Elda Falqueto, e Beatriz Simões, gerente de produção, guiaram a visita na área fabril. O vice-diretor de Gestão da Qualidade, Rodrigo Fonseca, participou da reunião e apresentou as instalações do Sistema da Qualidade. A vice-diretora de Gestão Institucional, Silvia Santos, também acompanhou a visita, com a líder do Departamento de Logística, Cristina Guedes, e demonstrou as instalações do almoxarifado, incluindo a doca de expedição, inaugurada em novembro de 2024. Tereza Santos e profissionais do Centro de Empreendedorismo e Assistência Farmacêutica (Ceaf), também estiveram presentes na reunião.
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A luta contra a Aids faz parte da história dos 49 anos de atuação do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). A unidade foi pioneira na produção de antirretrovirais e, atualmente, em parceria com o Ministério da Saúde com o fornece dez medicamentos para o combate à doença. De janeiro a outubro de 2024, foram entregues mais de 407 milhões de antirretrovirais ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O Instituto realizou parcerias para internalização de tecnologias e investiu em pesquisas e no desenvolvimento de novas formulações com o objetivo de ampliar o acesso da população aos tratamentos inovadores. Desde 2023, Farmanguinhos/Fiocruz fornece a combinação inédita de dois medicamentos eficazes, dolutegravir 50mg + lamivudina 300mg. O regime de dosagem simplificada representa um avanço para o SUS, pois oferece mais facilidade e praticidade para o dia a dia, aumentando a adesão do tratamento. Uma única dose diária de um comprimido deste medicamento garante a eficácia e auxilia na continuidade do tratamento, com menor potencial de toxicidade e de efeitos adversos graves.
Dentro do portfólio, constam os seguintes antirretrovirais: atazanavir 300 mg, efavirenz 600 mg, lamivudina 150 mg, nevirapina 200 mg, zidovudina 100 mg, dolutegravir 50 mg, dolutegravir 50 mg + lamivudina 300 mg, lamivudina 150 mg + zidovudina 300 mg, tenofovir 300 mg + lamivudina 300 mg e entricitabina 200 mg + tenofovir 300 mg. Este último é usado na Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP). Trata-se de um esquema de prevenção que consiste no uso diário do medicamento, que funciona como uma “barreira química” contra o vírus HIV.
O diretor de Farmanguinhos/Fiocruz, Jorge Mendonça, ressalta a preocupação da instituição em oferecer novas soluções para o combate à doença. “Entendemos que o acesso ao tratamento é um direito de todas as pessoas e seguimos em busca de tecnologias para internalizar medicamentos inovadores e que possam facilitar e trazer mais qualidade de vida aos pacientes com HIV/aids. Investimos os nossos esforços para tentar olhar o paciente como um todo, pensando na prevenção, no tratamento eficaz e cuidando também de coinfecções, como hepatite e a tuberculose”, explica.
O HIV compromete o sistema imunológico, deixando o paciente mais suscetível à outras doenças, principalmente hepatite e tuberculose. Atualmente, Farmanguinhos é o principal produtor de tuberculostáticos e distribui cinco antivirais para o tratamento de hepatite C.
Os pesquisadores dos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento possuem diversos estudos em busca de novos tratamentos e acompanham as discussões, em âmbitos nacionais e internacionais, e as diretrizes voltadas para a eliminação da aids como problema de saúde no Brasil até 2030.
Aids no Brasil- Segundo o relatório 2024 do UNAIDS, programa conjunto das Nações Unidas para coordenar as ações de HIV/aids, em 2023, 630 mil pessoas morreram por doenças relacionadas à aids, e 1,3 milhão de pessoas em todo o mundo testaram positivo para o HIV. A publicação também ressalta que o acesso ao tratamento com antirretrovirais vem contribuindo para a redução da mortalidade no Brasil e que o ano de 2023 teve o menor número desde os anos 1980.
O relatório também destaca a necessidade de uma abordagem baseada em direitos para combater estigmas e discriminação e a importância de reduzir as desigualdades estruturais para alcançar metas globais. Os direitos humanos colocados no centro e as comunidades na liderança contribuirão para que o mundo consiga acabar com a aids. Confira os dados completos no relatório Sigamos o caminho dos direitos, publicado, em inglês, em 26/11.
Dia Mundial de Luta Contra Aids – Desde 1988, agências, associações, governos e sociedade civil se unem, em 1º de dezembro, para apoiar pessoas que vivem com HIV. São realizadas campanhas anuais com temas específicos e atividades de conscientização e mobilização, para apoiar, reduzir a discriminação e o abandono e direcionar investimentos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
A fita vermelha é o símbolo universal de conscientização, apoio e solidariedade às pessoas que vivem com HIV.