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Evento apresenta a trajetória de lutas de uma menina negra na Ciência

Mychelle Alves compartilhou sua história em palestra que marcou uma das ações de Farmanguinhos no mês da Consciência Negra

Por: Lean Marques e Alexandre Matos

Na última semana, Farmanguinhos promoveu a palestra Trajetória de uma menina negra até chegar a pesquisadora da Fiocruz, em homenagem pelo mês da consciência negra. Mychelle Alves, atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc), ministrou a apresentação, na qual detalhou as dificuldades e os obstáculos de uma mulher negra no mercado de trabalho. O evento foi organizado pelo Núcleo de Diversidade e Inclusão da unidade de forma presencial com transmissão pelo canal de Far no YouTube.

Durante o encontro, a palestrante relatou sua vivência, desde a origem, na favela Parque Proletário da Gávea, até os dias atuais. Mychelle é mestre e doutora em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos, e chefe do Laboratório de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz).

Na abertura do evento, o diretor Jorge Mendonça ressaltou a importância do tema e agradeceu a palestrante por compartilhar suas experiências pessoais e profissionais com a força de trabalho. “Que esta palestra sirva de incentivo para todos os nossos estudantes, bolsistas e estagiárias, que almejam suas oportunidades”, frisou.

Quero agradecer a Fátima Loroza, Gisele Moreira e todo o grupo de Farmanguinhos, não somente pela organização do evento, mas por todas as ações relativas ao mês da consciência negra. Aproveito a oportunidade para convidar para assistirem ao vídeo do Wilson (Feliciano), que mostra a trajetória dele na instituição. É uma história muito rica e que demonstra muito como a Fiocruz dá chance às pessoas de maneira integral”, destaca o diretor.

Para transformar a realidade – A palavra ciência derivada do latim scientia, que significa “conhecimento” ou “saber”. Por muitos séculos, a luz do conhecimento concentrava-se nas mãos masculinas, principalmente caucasianas, o que fez Mychelle, desde criança, questionar a falta de referências negras no nível superior. “Minha mãe era explicadora, ensinava crianças e adolescentes, mas não tinha frequentado uma faculdade”, observou.

Mychelle (a segunda da esq.), a trajetória da menina negra da comunidade até chegar a pesquisadora (Arquivo pessoal)

Determinada a mudar essa realidade, buscou seus sonhos desde cedo. Ingressou na Escola Técnica Federal de Química, atual Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ); em seguida, graduou-se em Engenharia Química pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Em 2003, ingressou na Fiocruz como terceirizada. Foi aprovada nos concursos públicos de 2006 e 2016. Concluiu mestrado e doutorado, ambos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atualmente, é pesquisadora do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), com larga produção científica, e presidente do sindicato dos trabalhadores da Fundação (Asfoc).

Questão de igualdade – A pesquisadora detalhou as adversidades que vivenciou, nos âmbitos pessoal e profissional, por ser uma mulher negra. A palestrante observou ainda que, mesmo hoje, apesar de todos os avanços culturais e comportamentais, é necessário promover ações de afirmação e luta por igualdade de direitos. “Apesar de nós, mulheres, termos mais capacitação educacional do que os homens, conforme dados do IBGE, ainda somos minoria em cargos de chefia”, frisou.

Durante o evento, Mychelle reforçou suas lutas contra o racismo e o machismo impregnados na sociedade, e ressaltou a importância da discussão sobre o papel da pessoa negra na sociedade e, em especial, a mulher negra na ciência.  Dentre outros assuntos, a presidente do Sindicato ainda reiterou sua luta pelo fortalecimento da saúde pública e pelos trabalhadores da Fiocruz. Foram abordados temas como cotas raciais, as discrepâncias na relação de brancos e negros na educação, no mercado de trabalho e na ciência.

O mês da consciência negra marca a importância da reflexão e da conscientização em prol da igualdade racial. A pesquisadora destacou ainda que é o momento para se discutir, propor novas ações e posicionamentos por mudanças de modo a incentivar as novas gerações de pessoas negras sobre o seu papel transformador para uma sociedade igualitária capaz de oferecer oportunidades para todos.

Abertas as inscrições para projetos com plantas medicinais

Estão abertas as inscrições para o edital Desafio InovafitoBrasil 2022, programa que tem como objetivo identificar projetos e inovações com foco em fitoterápicos, a fim de avaliar a iniciativa que possuir maior potencial de desenvolvimento e impacto socioeconômico e ambiental. Interessados poderão inserir os projetos de Pesquisa e Desenvolvimento na plataforma até 7 de novembro, conforme cronograma apresentado no edital.

O Desafio InovafitoBrasil 2022 é fruto de uma parceria entre diversos atores, inclusive a Fundação, por meio de Farmanguinhos e Fiocruz Mato Grosso do Sul, o Grupo Centroflora, as indústrias, Academia e governo, com o objetivo de viabilizar a transformação da biodiversidade brasileira em inovações em fito, que possui um grande potencial latente no Brasil.  As regras e condições de participação estão apresentadas no Edital.

Lançamento da Plataforma InovafitoBrasil para setor acadêmico 

Evento será realizado nesta quarta-feira (28/9), às 18h30, pelos canais da Redesfito no YouTube e Facebook

Na edição de setembro do programa Redesfito Convida, que será realizado nesta quarta (28), haverá o lançamento da plataforma InovafitoBrasil para o setor acadêmico. Será também anunciado o edital para o prêmio de incentivo Biominas, um passo adiante para o desenvolvimento de novos medicamentos fitoterápicos no Brasil.  

A plataforma é resultado de uma parceria entre o Grupo Centroflora, o Instituto Stela, Biominas e Farmangguinhos/Fiocruz. Conta ainda com a colaboração do Laboratório Aché, diversos profissionais do setor e com a avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

O debate contará com as presenças de Cristina Ropke, diretora de inovação do grupo Centroflora; Carlos Eduardo Vitor, gerente sênior de P&D no Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.; Maria Behrens, chefe do Departamento de Produtos Naturais de Farmanguinhos/Fiocruz, Rodrigo Secioso, da Superintendência de Inovação da Finep; e João Paulo Silvério Perfeito, gerente da área de registro de medicamentos específicos, notificados, fitoterápicos, dinamizados e gases medicinais da Anvisa. O debate será mediado pelo coordenador do Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde de Farmanguinhos/Fiocruz, Glauco Villas Bôas. 

O programa será amanhã, às 18h30, nos perfis das RedesFito no YouTube e Facebook. Participe!

Farmanguinhos obtém aprovação do cumprimento das Boas Práticas de Fabricação (BPF)

A chancela reitera o compromisso da unidade com a qualidade dos processos, e assegura a produção de medicamentos estratégicos para o SUS

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) obteve a aprovação do cumprimento dos requisitos de Boas Práticas de Fabricação, o que garante a manutenção da Certificação em Boas Práticas de Fabricação (CBPF), concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A chancela reafirma o compromisso da unidade com a qualidade dos processos e, consequentemente, assegura a produção de medicamentos estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS).

A inspeção foi realizada pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde (Suvisa) entre fevereiro e março de forma híbrida. Na ocasião, diversas áreas foram inspecionadas para fins de verificação do atendimento dos requerimentos estabelecidas pela resolução RDC nº 301/2019, atualmente resolução RDC nº 658/2022. Farmanguinhos foi aprovado sem nenhuma não-conformidade.

O diretor Jorge Mendonça ressalta o comprometimento de todos os profissionais, por entenderem a importância de atuar com atenção à qualidade. “Trabalhar com qualidade, atendendo todas as exigências, é um exercício diário. Por isso, agradeço a cada profissional de Farmanguinhos por vestir a camisa e encarar o desafio de manter a unidade como uma referência na produção pública de medicamentos. Essa conquista é de cada um de nós que assumimos nosso compromisso com o DNA institucional. Parabéns a todos de nossa equipe!”, frisa o diretor.

O vice-diretor de Gestão da Qualidade (VDGQ), Rodrigo Fonseca, também ressalta que a conquista é fruto do comprometimento não somente da área da Qualidade, mas de toda a força de trabalho da unidade, que se envolveu de forma direta e indireta nas atividades relacionadas ao processo finalístico de fornecimento de medicamentos para o Ministério da Saúde.

“Trabalhamos com o conceito de que qualidade é um compromisso de todos. Por isso, agradeço o empenho da equipe da VDGQ, que nos últimos quatro anos trabalhou para transformar e adequar os processos para atender plenamente os requisitos de BPF. Agradeço as demais áreas, que entenderam a necessidade apresentada pela Qualidade e juntos puderam trabalhar para alcançar mais este objetivo. Por fim, agradeço a Direção de Farmanguinhos por todo o apoio e investimento realizado até aqui para que essa conquista fosse viável”, ressalta o vice-diretor.

Parceria para o Desenvolvimento Produtivo garante autonomia nacional na produção de medicamento contra Parkinson

Cerimônia realizada na embaixada alemã, com a presença do ministro da saúde,  celebrou a transferência de tecnologia; essa é a oitava PDP concluída no país

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