Autor: Alexandre Matos (Página 27 de 38)

Jorge Mendonça é eleito em Farmanguinhos

Vice de Gestão Institucional recebeu mais de 67,79% dos votos válidos. Lícia de Oliveira ficou em segundo e Luiz Alberto Simões dos Santos em terceiro


Jorge Souza Mendonça foi eleito diretor do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) para o mandato de quatro anos. Ele recebeu 141 votos, o que representa 67,79%. Lícia de Oliveira ficou em segundo lugar com 62 votos (29,81%) e Luiz Alberto Simões dos Santos na terceira colocação, com cinco votos (2,4%).

 

Com 28 anos de Farmanguinhos/Fiocruz, Jorge Souza Mendonça foi eleito com 141 dos 208 votos válidos (Foto: Edson Silva)

Ao todo, 210 servidores compareceram à urna, que esteve na última terça (9/5) em Manguinhos e nesta quarta (10/5) no Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM). Foram computados 208 votos válidos, dois nulos e 12 abstenções.

 

De acordo com o Regulamento Eleitoral, o prazo para pedidos de impugnação é 11 de maio. O resultado final será informado nesta sexta (12/5) pela Comissão Eleitoral. Na próxima segunda-feira (15/5), o resultado será homologado pelo Conselho Deliberativo (CD-Far). Ainda na segunda-feira, o diretor da unidade, Hayne Felipe da Silva, encaminhará para a Presidência da Fiocruz a lista com o nome dos dois primeiros colocados. Luiz Alberto não integrará a relação por não ter atingido o percentual mínimo necessário (20% mais um voto). A posse está agendada para o fim deste mês.

 

Perfil – Graduado em Farmácia Industrial, com Mestrado em Química Orgânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Jorge Souza Mendonça tem 28 anos de trajetória na Fiocruz, mais especificamente em Farmanguinhos. Já chefiou o Departamento de Síntese e, em dois momentos, assumiu a Assessoria Executiva: durante a Gestão Núbia Boechat (2003-2005) e na Gestão Hayne Felipe (2009 – 2013, 2013-2017). Atualmente, ocupa a cadeira de vice-diretor de Gestão Institucional (VDGI).

 

Dentre outros projetos, em 2003, assumiu a coordenação no Brasil do FACT, sigla em inglês de terapia combinada em dose fixa de artemisinina. Trata-se do projeto internacional de desenvolvimento de um novo medicamento para o tratamento da malária, que culminou com o desenvolvimento do Artesunato+Mefloquina (ASMQ). Medicamento registrado no Brasil e em alguns países do Sudeste Asiático, o ASMQ será submetido ao processo de pré-qualificação pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2017.

 

Primeiros 100 dias – Em sua plataforma de campanha, Jorge Mendonça propôs dez ações para os primeiros cem dias de sua gestão. Confira abaixo cada uma das medidas:

 

Apresentar, em Assembleia, proposta de novo organograma;

Qualificar o Conselho Deliberativo, através de oficinas in company, acerca do planejamento estratégico, como ferramenta para facilitar/colaborar com a tomada de decisões;

Construir, junto ao CD, Plano de Redução de Custos;

Viabilizar o acesso aos contratos vigentes de prestação de serviços através da intranet;

Convocar Assembleia para deliberar acerca da comissão de alteração do Regimento Interno da Unidade com objetivo de revisar o sistema de governança institucional;

Apresentar status das fases das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) vigentes com plano de ação para os desafios encontrados e estabelecer marco interno para novas propostas de parcerias;

Inaugurar espaço de refeição no CTM para colaboradores que trazem suas próprias refeições;

Iniciar projeto-piloto de consultoria interna de gestão de pessoas na Vice-diretoria de Ensino, Pesquisa e Inovação (VDEPI) em conjunto com equipe da Vice-Diretoria de Gestão do Trabalho (VDGT);

Implementar um Grupo de Trabalho permanente para avaliação e possível aproveitamento dos projetos entregues pelos alunos no final do curso de pós-graduação, tentando aproveitá-los ao máximo dentro da instituição e instituir prêmio de reconhecimento;

Realizar a primeira audiência pública com Farmanguinhos para prestação de contas dos compromissos (accountability).

 

O público lotou o auditório para a apuração dos votos (Foto: Edson Silva)

 

 

 

 

 

 

 

O poder dos antirretrovirais

Boletim do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) traz um especial sobre os medicamentos para HIV/Aids

 

 

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) lançou novo boletim sobre as Metas de tratamento 90-90-90 para todos. O objetivo é de que, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas; que destas, 90% estejam em tratamento; e que 90% das pessoas neste grupo tenham carga viral indetectável. Esta edição traz como tema O poder dos medicamentos antirretrovirais.

 

 

O Brasil é hoje uma referência mundial de assistência ao paciente que vive com HIV/Aids. O país tem uma política sólida de distribuição de antirretrovirais, com o objetivo de dar acesso universal aos pacientes. Neste sentido, Farmanguinhos é um parceiro estratégico do ministério da Saúde, produzindo sete dos 23 medicamentos que compõem o coquetel antiaids: atazanavir, efavirenz, lamivudina, nevirapina, zidovudina, lamivudina+zidovudina e tenofovir+lamivudina.

 

Para ampliar sua lista desta categoria de medicamentos, a unidade participa ainda de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP). Uma delas é o triplivir, que reúne três fármacos em um único comprimido (tenofovir, lamivudina e efavirenz). Os acordos envolvem a produção do medicamento e a do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), principal substância, responsável pelo efeito terapêutico.

 

Além de ofertar produtos de primeira linha no Sistema Único de Saúde (SUS), outro objetivo da PDP é nacionalizar novas tecnologias e, com isso, fortalecer também a indústria farmoquímica nacional. No momento, a unidade aguarda o registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a fabricação.

 

 

 

 

Tarde de Páscoa na Cidade de Deus

Na última quarta-feira (12/4), o Núcleo de Gestão Social de Farmanguinhos/Fiocruz fez a alegria de 175 crianças da comunidade


Nesta Páscoa, Farmanguinhos fez a alegria de 175 crianças da Cidade de Deus (Foto: Edson Silva)

Na última quarta-feira (12/4), o Núcleo de Gestão Social (NGS) do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), ligado à Vice-Diretoria de Gestão do Trabalho (VDGT), levou um pouco de alegria a 175 crianças da Cidade de Deus, com a entrega dos ovinhos de chocolate. A iniciativa faz parte da tradicional campanha Páscoa Solidária, que, há 12 anos, envolve a colaboração dos trabalhadores da unidade, que doam os ovos de Páscoa.

 

Colaboradora lotada na Gestão Social, Fátima Loroza explica que, neste ano, foi apresentada uma peça teatral para as crianças da creche Nise da Silveira. De acordo com ela, no final, as crianças tinham que ajudar a coelha a procurar os ovinhos que haviam desaparecido. “Elas adoraram. Foi emocionante ver as carinhas delas”, ressalta Fátima.

 

Responsável pelo NGS, Magali Portela destacou a importância de atuar numa área tão vulnerável. “Há, hoje, um clima de desesperança na Cidade de Deus. A violência está cada vez maior e o cenário é desafiador. Portanto, levar descontração para aquelas crianças é uma obrigação”, salientou. “Promover uma atividade como esta é mais do que pedir a paz, é viver em paz”, frisou a assistente social, referindo-se ao simples ato de se divertir no quintal da creche.

 

Magali lembrou que, por questão de segurança, neste ano não teve a participação do Coral do Instituto (Sons de Far). “Não teve coral, mas teve Páscoa. Apesar do cenário, nós conseguimos vencer a barreira do medo e levar os ovinhos para as crianças. Não podemos recuar. É preciso resistir”, incentivou.

A participação dos colaboradores da unidade foi fundamental para alcançar a meta e colaborar para a Páscoa das crianças da creche Nise da Silveira (Foto: Edson Silva)

Diante desse espírito de solidariedade, a colaboradora fez questão de agradecer à força de trabalho de Farmanguinhos, mas observou: “nos últimos anos, tem sido cada vez mais difícil porque as pessoas têm doado menos. Entendo que a dinâmica de trabalho, muitas vezes, tira o tempo de cada um. Mas a mágica do voluntariado é a doação do próprio tempo, é se dedicar, ir à loja comprar e pensar na criança que vai receber aquele ovinho”, disse Magali. “Ser voluntário é doar-se”, concluiu.

 

No fundo, no fundo, ao refletir sobre uma área em que é doutora, estava saudando quem doou os ovos. Também se referia àquela voluntária que, ao saber, ontem, começo da tarde, que a meta estava longe de ser atingida, armou-se com caneta, folha de papel e sorrisos, e fez a chamada busca ativa dentre os colaboradores. Caiu dentro, e, em menos de uma hora, estavam garantidos os 175 sorrisos abertos, 24 horas depois, dentro de uma creche localizada na Cidade de Deus.

 

Clique aqui e confira o vídeo sobre a entrega dos ovos, gravado pela diretora da creche, Georgia Paiva.

 

A partir da esquerda: Magali Portela, Sarah Lucas, Fátima Loroza e Walderez Silva (Foto: Edson Silva)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na expectativa por um ovinho de Páscoa (Foto: Edson Silva)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As crianças ajudaram a mamãe coelha a procurar os ovinhos de chocolate (Foto: Edson Silva)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Farmanguinhos fez a alegria a criançada da creche Nise da Silveira, na Cidade de Deus (Foto: Edson Silva)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MEC publica credenciamento da Fiocruz para cursos lato sensu

Válido por oito anos, credenciamento garante legitimidade de todos os certificados emitidos pela Fundação até hoje


 

Com informações da Agência Fiocruz de Notícias

 

Ministério da Educação (MEC) publicou, no Diário Oficial da União, o credenciamento para o funcionamento da Escola de Governo da Fiocruz. A Portaria N.º 331/2017 regulariza a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu, presenciais e a distância, oferecidos pelas unidades da instituição. O credenciamento, válido pelo prazo de oito anos, garante a validade de todos os certificados de cursos lato sensu emitidos pela Fiocruz até hoje. Além disso, garantirá maior governabilidade institucional para o planejamento da oferta de cursos da modalidade, possibilitando a definição de metas institucionais para este segmento do ensino.

 

O credenciamento, válido pelo prazo de oito anos, garante a validade de todos os certificados de cursos lato sensu emitidos pela Fiocruz até hoje. Além disso, garantirá maior governabilidade institucional para o planejamento da oferta de cursos da modalidade, possibilitando a definição de metas institucionais para este segmento do ensino.

 

Integração – O processo de credenciamento foi iniciado em maio de 2015, coordenado pela atual Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), com participação ativa de profissionais de diferentes áreas e unidades da instituição. Em setembro de 2016, a Secretaria de Regulação do Ensino Superior (Seres/MEC) encaminhou parecer favorável ao credenciamento da Fiocruz como Escola de Governo ao Conselho Nacional de Educação (CNE). Durante todo o processo, foram realizadas oficinas e ações integradas entre a VPEIC e as unidades.

 

Em encontros realizados com representantes da comunidade da Fundação, avaliadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) já tinham destacado a forma como a Fiocruz se preparou para o processo, ressaltando a construção do Plano de Desenvolvimento Institucional 2016-2020 e o engajamento demonstrado pelos trabalhadores da instituição de diversos segmentos.

 

CPA – Um fruto importante deste processo foi a criação da Comissão Própria de Avaliação (CPA), responsável por coordenar e implementar o processo de autoavaliação institucional relacionada à oferta de cursos de pós-graduação lato sensu pelas unidades da Fundação. O órgão tem uma página no Portal Fiocruz: portal.fiocruz.br/cpa. Na área é possível conhecer um pouco mais da Comissão, como a estrutura, composição e as competências, além de ter acesso a documentos relacionados ao trabalho da CPA.

 

Clique aqui para conferir a portaria e aqui para a retificação publicada no dia 6 de abril.

 

 

 

Fiocruz e UFRJ lançam plano de cooperação técnica inédito

Dividido em eixos temáticos, plano ampliará resultados em pós-graduação e pesquisa. Um dos objetivos é fortalecer ações para o SUS


 

Da Agência Fiocruz de Notícias

 

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciaram nesta quarta-feira (5/4) um vasto plano para institucionalizar e incrementar a sua cooperação técnica, aprimorando ações que fazem parte da história de colaboração entre as duas instituições. Com objetivo de criar ações em conjunto e aprimorar as diversas já existentes, grupos de trabalho atuarão em eixos temáticos dedicados a pensar e intervir em questões que vão do patrimônio histórico do Rio de Janeiro ao desenvolvimento de novas vacinas e pesquisas de ponta na área da saúde.

 

A cooperação prevê a articulação entre a rede hospitalar da Fiocruz e o complexo de nove hospitais da UFRJ, bem como a integração em todos os níveis de ensino, incluindo graduação e pós-graduação, e o desenvolvimento de projetos de educação básica ampliados para a região da Maré e Manguinhos.

 

Os pesquisadores poderão compartilhar plataformas tecnológicas e laboratórios do tipo multiusuários, com uso de modernas tecnologias, entre outros recursos. O plano prevê também a cooperação com instituições de ensino e pesquisa na América Latina, dando destaque para o Rio de Janeiro como problemática comum de estudo. Importante destacar ainda a intenção das duas instituições em colaborarem com o desenvolvimento de políticas públicas para a cidade do Rio de Janeiro, valorizando iniciativas na defesa dos direitos sociais e no desenvolvimento econômico e social da cidade.

 

“A Fiocruz atua com base no tripé ciência-saúde-educação. Esse plano de cooperação significa um salto de qualidade para as duas instituições, que são centrais no Brasil. Nosso objetivo é defender o SUS e a educação pública de qualidade. Além disso será possível reforçar parcerias, consolidar redes de pesquisa e compartilhar plataformas tecnológicas”, afirmou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.

 

O reitor da UFRJ, Roberto Leher, destacou que a parceria poderá otimizar recursos. “Queremos trabalhar em conjunto, beneficiando a sociedade, sem demandar novos recursos financeiros. Um pesquisador da Fiocruz não precisará comprar um aparelho de ressonância já existente na UFRJ, por exemplo. Temos uma infraestrutura tecnológica muito significativa, com supercomputadores e microscópios eletrônicos”, explicou.

A parceria amplia a possibilidade de novos resultados em terapia celular e bioengenharia, biofísica, medicina e mudanças climáticas, entre outras áreas. Também aumenta a chance de maior cooperação em estudos e controle de doenças como Aids, malária, tuberculose, Chagas, esquistossomose, sarampo, hepatites e doenças negligenciadas.

 

Eixos temáticos definirão linhas de atuação – Ensino, pesquisa, extensão universitária e assistência à saúde são os princípios norteadores do plano. Na área de pós-graduação, o objetivo é ampliar a coorientação envolvendo as duas instituições e instituir a dupla diplomação, que permitirá a emissão de diplomas assinados ao mesmo tempo pela UFRJ e pela Fiocruz.

 

Com objetivo de discutir a conjuntura política e econômica do país, serão promovidas avaliações periódicas de cenário e ações de extensão serão ampliadas, principalmente nas comunidades vizinhas aos centros de pesquisa. Um dos destaques será a utilização do Parque Tecnológico da UFRJ para desenvolvimento de fármacos, por meio do Centro de Referência Nacional em Farmoquímica, uma parceria com o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), já em fase de implantação.

 

Atendimento à imprensa:

Fiocruz: (21) 3885-1706
UFRJ: (21) 3938-9608

 

 

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