Autor: Alexandre Matos (Página 23 de 38)

Consórcio Praziquantel Pediátrico obtém financiamento

Farmanguinhos será o responsável pela produção deste importante medicamento contra a Esquistossomose

 

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Mais um certificado para Farmanguinhos

Unidade foi reconhecida pelos seus processos de Excelência em Gestão Pública


Shirley Trajano (centro) ressaltou o empenho institucional na consolidação dos processos de excelência em gestão pública (Foto: Alexandre Matos)

Na última quarta-feira (29/11), o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) recebeu o Certificado de Excelência em Gestão Pública, concedido pelo Núcleo de Excelência da Gestão do Estado do Rio de Janeiro. O documento foi entregue à coordenadora de Gestão da Qualidade, Shirley Trajano, durante o VII Seminário de Boas Práticas, realizado no auditório da Caixa Econômica Federal, no Centro do Rio de Janeiro.

 

De acordo com a entidade, a certificação é concedida após autoavaliação que cada instituição elabora anualmente. São analisados oito critérios que compõem o Modelo de Excelência em Gestão Pública: governança; estratégias e planos; cidadãos usuários; interesse público e cidadania; pessoas; processos; e resultados.

 

Para cada processo avaliado é atribuída uma nota. A soma de todas pode chegar a 500 pontos no total. Os níveis de excelência de gestão variam numa escala de um a cinco, conforme o agregado de notas. Farmanguinhos foi classificado no nível 4.

 

Os certificados de Farmanguinhos estão expostos na recepção principal do Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM)

A coordenadora da Qualidade, Shirley Trajano ressaltou que toda a Direção está empenhada em executar as melhorias necessárias visando a alcançar o nível máximo de Excelência em Gestão. “A partir do modelo proposto, somos motivados e orientados a fazer uma gestão cada vez mais técnica, além de atender ao modelo de gestão do governo federal. E este certificado mostra que estamos trabalhando certo na construção de uma gestão cada vez melhor”, observou.

 

Além do Certificado de Excelência em Gestão Pública, Farmanguinhos possui ainda o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF); a Certificação Ambiental Internacional ISO 14001; a Certificação de Sistema da Qualidade ISO 9001; o certificado de categoria ouro do Prêmio de Qualidade Rio; bem como os de outras edições do Gespública.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Luta contra a Aids

Para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, Farmanguinhos/Fiocruz divulga suas iniciativas para o enfrentamento da doença

 


Na próxima sexta-feira (1º/12), será celebrado o Dia Mundial de Luta contra a Aids, instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de despertar a atenção dos países para a doença. De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado no ano passado, desde o início da epidemia, em 1980, a junho de 2016, foram notificados 842.710 casos no Brasil. Apesar do número alarmante, o país é uma referência mundial no enfrentamento da doença. Para isso, ao longo desses anos, tem contado com um parceiro estratégico: o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), principal produtor público de antirretrovirais.

 

O sulfato de atazanavir é um dos sete medicamentos de Farmanguinhos a integrar o coquetel antiaids (Foto: divulgação)

Há 17 anos, Farmanguinhos começava a produção do primeiro antirretroviral, a zidovudina, também conhecida como AZT. A partir de então, a unidade não deixou de ampliar seu portfólio. Atualmente, o Instituto fabrica sete dos 23 medicamentos que compõem o coquetel antiaids: Atazanavir, Efavirenz, Lamivudina, Nevirapina, Zidovudina, Lamivudina+Zidovudina e tenofovir+lamivudina.

 

Além da produção, o Instituto desenvolve novas formulações. Uma delas é o Efavirenz pediátrico dispersível em água. Trata-se de um medicamento inovador, elaborado a partir de nanotecnologia, voltado para crianças que vivem com HIV/Aids. O comprimido tem sabor mais agradável e se dispersa em água para facilitar a ingestão pelas crianças. Já foram realizados testes prévios em cobaias confirmando a liberação da substância ativa no organismo. A previsão é de que em dois anos comecem os testes em humanos.

 

O pesquisador Helvécio Rocha usa a nanotecnologia no desenvolvimento do Efavirenz pediátrico dispersível em água (Foto: Edson Silva)

Farmanguinhos tem participado ainda de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP). Além de ampliar ainda mais o portfólio institucional, a partir dessa iniciativa, a unidade colabora também com o fortalecimento da indústria farmoquímica nacional, uma vez que os acordos contemplam a transferência de tecnologia para a produção do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). O Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM) de Farmanguinhos passa por uma obra de readequação da planta fabril para receber essas novas formulações, que englobam também medicamentos para outras doenças.

 

Cooperação internacional – Outra importante iniciativa é a instalação da fábrica de antirretrovirais e outros medicamentos em Moçambique, denominada Sociedade Moçambicana de Medicamentos (SMM). Trata-se da primeira instituição pública no setor farmacêutico do continente africano. A fábrica iniciou as operações em 2012, com previsão de produzir 226 milhões de unidades de antirretrovirais por ano. Esta quantidade deverá beneficiar cerca de 2,7 milhões de pessoas vivendo com HIV/Aids em Moçambique.

 

Todas essas ações reafirmam a missão de Farmanguinhos em atuar, como unidade técnico-científica da Fiocruz, na promoção da saúde pública, por meio da geração e difusão de conhecimentos, do ensino, da pesquisa, do desenvolvimento tecnológico e da produção de medicamentos.

 

Simpósio internacional de Farmanguinhos discute inovação no setor farmacêutico

Além das palestras sobre pesquisa, desenvolvimento e Inovação tecnológica, o evento premiou os melhores trabalhos em diferentes categorias


 

Pesquisador Benjamin Gilbert e a vice-diretora Erika Martins de Carvalho (Foto: Alexandre Matos)

O público lotou a Tenda da Ciência Virgínia Schall, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, nos três dias do 4th International Symposium on Challenges and New Technologies in Drug Discovery & Pharmaceutical Production (Simpósio Internacional sobre Desafios e Novas Tecnologias na Descoberta de Fármacos e Produção Farmacêutica, em tradução livre). Em sua 4ª edição, o evento teve como objetivos a divulgação de novas tecnologias e a discussão de estratégias para o desenvolvimento e pesquisa de novos fármacos e medicamentos, bem como a produção farmacêutica.

 

Neste sentido, de 7 a 9 de novembro, pesquisadores do Brasil e do exterior debateram diferentes temas relacionados a ciência, tecnologia e inovação na indústria farmacêutica, apresentando experiências nas áreas de atuação. Arauto da Ciência e da Tecnologia, a instituição manteve sua missão de incentivar novos estudos, a partir do prêmio Benjamin Gilbert, para trabalhos de profissionais e alunos de pós-graduação apresentados em três áreas de atuação: Pesquisa, Desenvolvimento e Gestão. Além disso, houve também sessão de pôsteres e a premiação Cientista do Futuro, aos alunos de iniciação científica. Clique aqui e acesse a relação de trabalhos premiados.

Coordenador do Simpósio, André Sampaio destacou a abrangência que o evento vem tomando a cada edição (Foto: Viviane Oliveira)

A vice-diretora de Ensino, Pesquisa e Inovação, Erika Martins de Carvalho, ressaltou que o evento foi desenhado para atender a todas as etapas da cadeia produtiva. “Espero que o público presente possa interagir, dividir e compartilhar e fazer novas parcerias. Precisamos trabalhar em rede. Temos um grupo multidisciplinar e a proposta é trazer para o público desde a pesquisa básica e a aplicada, passando por produção, bem como a gestão, que é fundamental para acompanhar os projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico”, frisou. Erika fez questão de agradecer aos patrocinadores. “Neste momento difícil que estamos atravessando, faço um agradecimento especial a todos os patrocinadores. Sem o apoio deles não estaríamos aqui”, destacou.

Débora Patrícia Feitosa Medeiros, Nayara Araújo Cardoso e Ana Carolina Linhares Braga vieram da Universidade Federal do Ceará (Foto: Alexandre Matos)

O coordenador do Simpósio, André Sampaio, destacou a abrangência que o evento vem tomando a cada edição. “Neste momento em que a ciência brasileira passa por um momento tão difícil, ficamos muito honrados em ver pessoas fazendo um deslocamento tão grande para comparecer ao nosso evento. Muitos vieram de longe, do Piauí, por exemplo, e estou muito orgulhoso de ver o esforço que as pessoas fizeram para vir aqui”, frisou Sampaio.

Da região Nordeste vieram também as amigas Débora Patrícia Feitosa Medeiros, Ana Carolina Linhares Braga e Nayara Araújo Cardoso, mestrandas da Universidade Federal do Ceará. Elas apresentaram o trabalho que desenvolvem em conjunto. “O Simpósio representa uma oportunidade de apresentarmos o estudo com a moringa que realizamos na nossa universidade.  Estamos examinando os extratos da semente desta planta e avaliando os efeitos neurológicos e psicofarmacológicos que ela possa ter no Sistema Nervoso Central”, explicou Débora. “Além disso, o nome da Fiocruz por si só nos estimula a querer participar de um evento com pesquisadores de alto nível”, frisou a estudante.

A palestra de abertura foi proferida pelo britânico Andrew Farlow (Foto: Viviane Oliveira)

Saúde global em foco – A palestra de abertura do Simpósio foi a do britânico Andrew Farlow, professor da universidade de Oxford, que falou sobre a saúde como um desafio para a sociedade globalizada. Farlow apresentou dados sobre a evolução de determinadas enfermidades, principalmente as doenças negligenciadas, e introduziu uma importante discussão acerca da melhoria da saúde no âmbito mundial.

Uma das pesquisas que ele coordena levou em consideração aspectos sociais, econômicos e geográficos. O objetivo, segundo o pesquisador, foi contribuir para a melhoria da saúde global, de modo que os resultados possam sugerir as definições das prioridades para a construção de melhores e mais equitativos sistemas de saúde. De acordo com o especialista, a saúde global tem melhorado ao longo dos anos, mas há muitos desafios em todo o planeta. Um dos principais, aponta ele, é o elevado índice de desperdício de investimentos.

 

Eduardo Faveret falou sobre o uso medicinal da maconha (Foto: Viviane Oliveira)

Da cannabis às plataformas digitais – Ao longo dos três dias, o público, que lotou a Tenda da Ciência, foi agraciado com debates esclarecedores sobre diversos temas relacionados a ciência em saúde. Alguns ainda são considerados tabus para a sociedade, como o uso de Cannabis sativa para fins medicinais. O médico e pesquisador Eduardo Faveret explicou os benefícios clínicos que as substâncias encontradas na planta, popularmente chamada de maconha, têm proporcionado aos pacientes. Além do valor terapêutico, ele abordou aspectos legais, cultivo e a rede de parceiros que buscam a regulamentação da erva para uso medicinal no país.

 

Benjamin Gilbert é reverenciado pela plateia (Foto: Alexandre Matos)

Se falar sobre maconha ainda é considerado um tabu, por outro lado, a humanidade tem presenciado e participado de uma revolução tecnológica. Nesta era da informação, em que a tecnologia se tornou indispensável, é fundamental investir em conhecimento, sobretudo no setor farmacêutico, cujo mercado cresce vertiginosamente. Essa é a opinião do palestrante Marcos Cavalcanti, que proferiu palestra sobre como o gerenciamento estratégico de dados digitais tem mudado a inovação na indústria farmacêutica. Ele defendeu a conexão entre diferentes atores para alcançar a inovação.

Homenagem a Benjamin Gilbert – O pesquisador da Universidade de Genéve, da Suíça, Emerson Queiroz, fez questão de reverenciar o cientista Benjamin Gilbert. Um dos pioneiros em estudos de fitoterápicos no país, Gilbert é autor de vasta produção científica, material que serve de referência para estudos com vegetais. Não por acaso, o público aplaudiu de pé o britânico especialista em plantas medicinais, que vive no Brasil há mais de 50 anos investigando ações terapêuticas de elementos da biodiversidade brasileira. Atualmente, ele integra a equipe do Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde de Farmanguinhos (NGBS).

Outros temas – Outras palestras apontaram ainda para os desafios e as oportunidades na descoberta de novos tratamentos para doenças como o câncer.

 

 

 

Pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Vivian Rumjanek abordou os desafios e oportunidades na descoberta de drogas para câncer (Foto: Viviane Oliveira)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Davy Rapozo, médico e pesquisador do Instituto Nacional do Câncer (INCA), discorreu sobre o uso de biobancos como uma poderosa ferramenta para acelerar a descoberta de fármacos (Foto: Alexandre Matos)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Especialista em espectroscopia e estrutura molecular, Luiz Fernando Cappa, professor na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), abordou o método Raman como ferramenta para determinação de estrutura para desenvolvimento de fármacos (Foto: Alexandre Matos)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aplicação de técnicas espectroscópicas em estudos de interações químicas biológicas foi o tema abordado pela sérvia Ljubica Tasic, pesquisadora da Unicamp (Foto: Alexandre Matos)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Rafael Guido falou sobre biologia estrutural e estratégias de química medicinal na descoberta de candidatos a medicamentos contra malária e zika (Foto: Alexandre Matos)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O vírus da Zika também foi tema discutido pelo médico e pesquisador da UFRJ, Rodrigo Brindeiro. Ele falou sobre o tratamento da doença a partir do uso de cloroquina, medicamento que já é utilizado na terapia antimalária (Foto: Alexandre Matos)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O pesquisador Mateus Cardoso veio do Rio Grande do Sul para debater uma tecnologia fronteira no país: a nanotecnologia. Em sua palestra, o cientista explicou seu estudo com nanopartículas modificadas na superfície para futuras aplicações na medicina (Foto: Alexandre Matos)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pesquisador da Universidade de Genéve, na Suíça, Emerson Queiroz discorreu sobre as estratégias inovadoras para o isolamento eficiente de produtos naturais e descoberta de potenciais alvos terapêuticos a partir de plantas medicinais (Foto: Alexandre Matos)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A partir da esquerda: o palestrante Emerson Queiroz, Maria Behrens (chefe do Departamento de Química de Produtos Naturais de Farmanguinhos), Leide Lene Coelho Ferreira (gerente de Fitoterápicos do Instituto Vital Brazil), Octavio Pontes (vice-presidente do Instituto Vital Brazil) e Luis Eduardo Ribeiro da Cunha (diretor industrial do Instituto Vital Brazil) / Foto: Alexandre Matos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ensino de qualidade

Numa escala que vai até 5, Mestrado Profissional de Farmanguinhos/Fiocruz mantém conceito 4 na avaliação da Capes


O Mestrado Profissional em Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica, oferecido pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), mantém conceito 4, numa escala que vai até 5, na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O anúncio foi feito na semana passada, e refere-se ao quadriênio 2013-2016.

Jorge Magalhães (dir) com a vice-diretora de Ensino, Pesquisa e Inovação, Érika Martins de Carvalho, e o professor da UFRJ, Marcos Cavalcanti, na aula inaugural do ano letivo de 2017 (Foto: Edson Silva)

A nota foi comemorada pela Coordenação do curso na unidade. “Isso é uma vitória, haja vista que a faixa para a modalidade profissional é de 1 a 5. A nossa Comissão de Pós-Graduação vem envidando esforços a fim de consolidar nosso curso com a nota máxima e já havia identificado uma série de fatores que nesta última avaliação da Capes foram destacados”, ressalta o coordenador do Mestrado, Jorge Magalhães.

De acordo com o relatório, a boa nota de Farmanguinhos se deve a vários fatores. Dentre eles está a abordagem de novos tópicos inseridos na grade, como, por exemplo, o BigDATA em saúde, controle microbiológico e registro de medicamentos. A infraestrutura e a aplicabilidade das dissertações no setor farmacêutico foram outros pontos destacados na avaliação.

Segundo Jorge Magalhães, já estão sendo tomadas as providências necessárias para alcançar a nota máxima. As ações perpassam por fortalecer a publicação científica de docentes com seus discentes e, dentre outros, elencar as produções tecnológicas do orientador com o aluno e criar mecanismos de rastreamento para elas. Fato é que a nota de Farmanguinhos foi mantida e, segundo Magalhães, isto valida a unidade a solicitar o Doutorado Profissional, pois somente cursos com nota 4 podem pleiteá-lo.

Foco no Doutorado Profissional – Em relação a esta iniciativa inédita no país, Jorge Magalhães destaca que essa nova formação que Farmanguinhos pretende oferecer aos seus próprios funcionários, estende-se a profissionais de outras instituições. “Proporcionando competências com relevância social, científica e tecnológica dos processos de formação profissional avançada para nosso país, conforme preconiza a Portaria do MEC”, frisa.

De acordo com o relatório da Capes, um dos pontos altos do Mestrado de Far é a abordagem de novos tópicos inseridos na grade, como, por exemplo, o BigDATA em saúde, controle microbiológico e registro de medicamentos. Na foto, uma das alunas faz uma apresentação para a turma (Foto: Gabriella Macedo)

“É também uma oportunidade de ensino ampliada para tratar aspectos essenciais e complementares relativos ao ciclo tecnológico de desenvolvimento de fármacos e medicamentos. Considerando quatro anos para a formação de um doutor, nossa oferta será mais direcionada e integrada com disciplinas contemporâneas e focadas, porém multidisciplinar, diante de um mundo globalizado. Com isso, direcionamos o foco na resolução de um problema profissional, consequentemente um produto tecnológico”, explica Magalhães.

Com a autorização da proposta de Farmanguinhos pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz, no momento está sendo elaborada documentação necessária para a implantação do novo curso. De acordo com a Coordenação, o próximo passo é submeter à Capes a Apresentação de Proposta de Curso Novo (APCN), finalizada neste mês.

O documento está alinhado à gama de exigências da Capes, como professores com alto nível de produção técnico-científica na área e linhas de pesquisa do Programa de Pós-Graduação; infraestrutura disponível (bibliotecas, secretaria acadêmica, salas, dentre outros); bem como inserção internacional e outros requisitos relevantes para a criação do curso.

Jorge Magalhães com uma das turmas do Mestrado em aula realizada nesta quinta-feira, 28/9 (Foto: Gabriella Macedo)

Para o coordenador, o resultado da avaliação espelha o esforço contínuo de um Colegiado. “Tenho convicção de que nada se constrói sozinho. Quando assumi a Coordenação, um ano e quatro meses atrás, destaquei a frase de Peter Drucker: ‘Os resultados são obtidos através da exploração de oportunidades e não pela solução de problemas’. Assim, me uni aos colegas que acreditaram em ‘oportunidades’ em meio as ‘adversidades’ para construir um novo caminho com a experiência já alicerçada pelas gestões anteriores. Com isso, o resultado da manutenção de nossa nota, e a conclusão do APCN profissional este mês, é resposta do trabalho de uma equipe que lutou com lisura, isonomia e transparência em cada subcomissão, na CPG e, obviamente, com o apoio da Direção. A todos, quero agradecer e dar parabéns!”

Difusão de conhecimento – Farmanguinhos é um laboratório farmacêutico diferenciado, por cobrir toda as etapas da cadeia produtiva de um medicamento – da pesquisa básica ao produto final. Desde que o ensino passou a integrar a missão da unidade, não faltam motivos para comemorar. Para se ter uma ideia, o Mestrado Profissional foi criado em 2009 e já formou 95 mestres nas três linhas de estudo que o curso trabalha: Pesquisa, Desenvolvimento e Gestão.

Além do Mestrado, o Instituto conta ainda com dois cursos de pós-graduação lato sensu: Curso de Especialização em Gestão da Inovação em Fitomedicamentos; o Curso de Especialização em Tecnologias Industriais Farmacêuticas. Ao todo, a Capes avaliou 42 cursos da Fiocruz, entre os quais Mestrados (acadêmicos e profissionais), além de Doutorados, alguns em rede ou em colaboração com outras instituições.

 

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