Ao longo de 31 anos de Fiocruz, a pesquisadora chegou a inúmeras descobertas, descritas em 90 publicações e 33 patentes

 

Núbia Boechat foi agraciada com a medalha Walter Baptist Mors por sua elevada contribuição para a Química no Estado do Rio de Janeiro (Foto: Antônio Albuquerque / Núcleo de Memória da PUC-Rio)

A pesquisadora Núbia Boechat, chefe do Laboratório de Síntese de Fármacos, foi agraciada com a medalha Walter Baptist Mors por sua elevada contribuição para a Química no Estado do Rio de Janeiro. A premiação foi concedida pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ) durante o 16º Encontro Regional da entidade, realizado de 5 a 7 de dezembro, na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). Além do certificado, a cientista recebeu a medalha de mérito científico comemorativa pelo centenário da descoberta da Doença de Chagas.

 

Núbia Boechat é pesquisadora da Fiocruz há 31 anos. Foi diretora de Farmanguinhos de 2003 a 2005, já ocupou também o cargo de vice-diretora na área da Pesquisa e, atualmente, chefia o Departamento de Síntese de Fármacos da unidade. Coordena projetos estratégicos da instituição, com destaque para o de implantação do Centro Nacional de Referência em Síntese de Fármacos (CRSF), que está sendo instalado no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

 

Ao longo de sua vida profissional, tem liderado grupos de estudos com foco em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em fármacos, tendo experiência na área de química de organofluorados e de heterociclos, com ênfase em química medicinal. Algumas centenas de moléculas inéditas têm sido sintetizadas para as doenças negligenciadas, Aids e câncer, gerando potentes antirretrovirais, antimaláricos, antimicobacterianos, antichagásicos e antileucêmicos. Tais descobertas estão descritas em 90 publicações e 33 patentes.