Nestas quinta e sexta (15 e 16/9), a coordenadora de Gestão da Qualidade (CGQ), Shirley Trajano, foi pessoalmente agradecer aos trabalhadores de cada área auditada pelas inspetoras da Organização Mundial da Saúde (OMS), no período de 5 a 9/9. A inspeção visou à pré-qualificação do antimalárico artesunato (AS) + mefloquina (MQ), o ASMQ. Além do agradecimento, ela reforçou com os profissionais a necessidade de continuar o trabalho porque, como ela própria diz, a luta continua.
A OMS tem um mês para entregar o relatório, mas, mesmo sem o documento final, Shirley disse que a equipe que esteve diretamente envolvida na inspeção, interagindo com as auditoras Iveta Streipa e Gabriela Vodoya, sabe quais são os pontos a serem aperfeiçoados. “Nós anotamos tudo o que elas solicitaram e vamos começar a trabalhar nessas questões. A luta continua! E vamos chegar ao nosso objetivo final”, incentivou a coordenadora. A partir do recebimento do relatório, Farmanguinhos terá pelo menos seis meses para resolver os pontos observados pelas auditoras.
Shirley conversou com os profissionais do Almoxarifado, da Manutenção Predial – vinculadas à Vice-Diretoria de Gestão Institucional (VDGI); do Departamento de Manutenção e Projetos, da Produção (ligadas à Vice-Diretoria de Operações e Produção (VDOP); da Gerência de Segurança, Meio Ambiente e Sustentabilidade (GSMS), e da Qualidade. Nos encontros em cada área, ela disse estar satisfeita com o trabalho realizado pelos trabalhadores de Far.
“As consultoras constataram que algumas coisas estavam dentro do nível que elas queriam, outras nem tanto, mas isto não significa que a nossa produção não esteja com qualidade. Inclusive, elas frisaram, mais de uma vez, o potencial dos nossos profissionais. Nós mostramos à OMS que somos capazes, que temos técnicos excelentes. Isso já me deixa muito feliz. E se o nível é alto, então vamos buscá-lo”, encorajou.
Qualidade, mesmo diante de imprevistos – O primeiro setor que Shirley visitou foi o Almoxarifado, área sempre bastante exigida e que, nesta auditoria, a equipe mostrou toda a capacidade técnica. “Vocês tinham acabado de arrumar o Almoxarifado quando o caminhão chegou. Nós vimos todo o movimento de vocês na arrumação, na adaptação e na adequação. Eu fiquei muito feliz, porque a gente está sabendo o que está fazendo, está reagindo aos imprevistos, tomando providências. Fiquei muito satisfeita porque todos estão correndo atrás. Quero agradecer todo o comprometimento de vocês e pedir para continuarmos com esse trabalho, porque a luta continua”, incentivou.
Assim como ocorreu no Almoxarifado, Shirley agradeceu às demais áreas por onde passou. Ressaltou que voltará aos setores com o relatório final em mãos para mostrar o que foi apontado para cada área auditada. “Muitos dos apontamentos feitos pelas consultoras ao longo da inspeção a gente já tinha ciência. O mais importante que eu acho disto tudo, é que nós temos técnicos, temos pessoas, temos vontade, temos profissionais capazes. Isso é o mais importante. As pessoas estão motivadas. Agora é trabalhar para acertar os detalhes”, estimulou.
A vice-diretora Elda Falqueto, que acompanhou Shirley nos departamentos ligados à VDOP, também demonstrou confiança a partir dos resultados preliminares. “Sabíamos que não teríamos problemas de procedimentos, e sim de estrutura. Os pontos estão definidos e vamos saná-los”, assinalou.
Em relação à obra de adequação da Produção para receber as Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP), Shirley disse que estas não serão impedimento para uma futura inspeção daqui a seis meses. “Pelo contrário, a obra terá mesmo que ser feita”, afirmou.
Avaliação do diretor – Embora não tenha sido obtida a pré-qualificação para o ASMQ desta vez, a avaliação feita por Hayne sobre a auditoria da OMS é a de que “estamos de parabéns”, principalmente pelo fato de as profissionais da OMS, do alto da experiência e exigência internacionais delas, terem destacado “a competência técnica do nosso pessoal”. Esta informação é “extremamente positiva”, disse o diretor.
Hayne antecipa que, na reunião de encerramento da auditoria, não foi apontado nenhum ponto crítico, mas apenas feitas algumas exigências, que, segundo ele, podem ser sanadas dentro dos próximos seis meses, período previsto para que nova auditoria possa ser feita. “Não estamos reprovados, ficamos apenas em recuperação”, ilustrou.
A avaliação benéfica do diretor se consolida à medida em que Farmanguinhos, segundo ele, sabia que não dispunha das condições totalmente ideais para haver uma aprovação imediata, mas resolveu aceitar o desafio apesar disso. “Esperávamos que houvesse compreensão das auditoras, mas mesmo sem a pré-qualificação, fica o reconhecimento da capacidade técnica dos nossos profissionais”, frisou Hayne.
Na reunião do CD-Far, realizada nesta quarta (14/9), o diretor lembrou que não foi na primeira inspeção que Farmanguinhos conquistou, em 2010, o certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF), concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Tivemos um conjunto de exigências na primeira auditoria. Na segunda, esse número diminuiu. Somente na terceira, quando estávamos totalmente preparados, é que obtivemos a certificação e festejamos”, pontuou. “Teremos um período, que é o de seis meses após a emissão do relatório final, para buscar as condições exigidas”, assinalou.
Fotos: Edson Silva