Desenvolver ações de caráter social para as comunidades no entorno do CTM, contribuindo para o processo de desenvolvimento local e para a redução das iniquidades ocasionadas pela pobreza, violência e exclusão social das populações. Este é um dos principais objetivos da Assessoria de Gestão Social, departamento subordinado à Diretoria, que segue as diretrizes da Cooperação Social da Presidência da Fiocruz.
A área está lotada no CTM, tendo como prioridade atender a população do território ao redor. Para realizar as ações, além de buscar parcerias externas, a AGS conta com o apoio dos colaboradores da Unidade, inclusive de outros Campi. É através de sua atuação que o departamento aproxima o Instituto da comunidade, construindo uma relação amistosa e cooperativa.
Dentre os programas desenvolvidos pela AGS, encontram-se: Se Essa Rua Fosse Minha, Fortalecimento do Fórum de Desenvolvimento Local da Baixada de Jacarepaguá, Páscoa e Natal Solidário.
Organograma do Departamento
Responsável pela área desde a sua implementação, em 2005, Magali Portela é assistente social e especialista em promoção da saúde e desenvolvimento social e em gestão de projetos para o terceiro setor. Com 25 de experiência em projetos e movimentos sociais, ela já atuou pela Prefeitura do Rio de Janeiro (Programa Favela Bairro), pelo Estado (Coordenação de Trabalho e Renda do Centro de Acolhimento de Benfica) e pela Secretaria de Assistência Social do Município de Duque de Caxias (Coordenação de projetos do município).
A AGS conta ainda com mais dois colaboradores na equipe: o servidor Jacob Portela, sociólogo e cientista político, e Fátima Aparecida Loroza, física e especialista em gestão pública e em promoção da saúde e desenvolvimento local. Todos com experiência em trabalhos sociais e culturais, bem como vocacionados para atuarem em territórios vulnerabilizados.
Princípios
A Assessoria de Gestão Social segue alguns fundamentos, dentre eles estão:
- Travar uma relação construtiva com a comunidade na promoção do bem comum;
- Atuar na defesa do Estado de Direito e na recusa do Estado de Exceção e do autoritarismo;
- Potencializar e capacitar instituições locais que atuem na defesa da democracia, que militem pela construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classes, etnia e gênero;
- Contribuir com a ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda a sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis, sociais e políticos das classes trabalhadoras;
- Posicionar-se em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como a gestão democrática;
- Atuar em parceria com as demais esferas de governo e com os movimentos sociais representativos da sociedade civil que partilhem dos mesmos princípios que defendemos.
Conquistas
Entre 2014 e 2019, o departamento executou 9 projetos, baseados nos eixos: comunicação e saúde, educação e cultura, esporte e cidadania e garantia de direitos. No total, 13.562 pessoas já foram beneficiadas.
Magali destaca que Farmanguinhos foi a primeira Unidade a instituir uma área de gestão social, com equipe especializada e com orçamento: “Antes, só a Presidência da Fiocruz tinha um setor semelhante. Implementar essa em Far foi uma vitória. Além disso, também publicamos o nosso Balanço Social e tivemos 4 projetos aprovados no 1º edital da Fiocruz para Projetos de Cooperação Social”.
Reconhecimento
O Projeto “Se Essa Rua Fosse Minha” foi apresentado e avaliado na 1ª Conferência de Promoção da Saúde da Fiocruz, realizada nos dias 02 e 03 de julho desse ano. O objetivo do projeto é transformar a área degradada pelo lixo na Av. Comandante Guaranys, em espaço de cultura, arte e lazer. Dentre os 160 projetos apresentados, o de Farmanguinhos foi um dos oito premiados com Menção Honrosa, na modalidade pôster, por sua relevância na Promoção da Saúde.
Desafios
Segundo Magali, neste momento, os principais desafios da Assessoria de Gestão Social estão relacionados a atuação do departamento mediante às mudanças do entorno: “Atuar no território da Cidade de Deus é um desafio, pois é um território conflagrado pela violência, por disputas políticas e Instituições frágeis”, ressalta.