“O que você vai ser quando você crescer?”
Dentre muitas indagações que temos que responder durante a nossa vida consta a questão do nosso futuro profissional, bem retratada na música “Pais e Filhos” de Renato Russo. Mas nem sempre sabemos, de fato, o que dizer. Isso porque escolher uma carreira não é algo tão fácil, já que há tantas possibilidades. Nosso entrevistado também se viu indeciso: pensou em ser engenheiro, militar, jogador de futebol, mas foi na área de logística que ele se encontrou e tem permeado sua trajetória, sendo 35 anos dedicados ao segmento farmacêutico. Conheça Vanildo Ferreira, Supervisor do Serviço de Almoxarifado.
Nascido no Rio de Janeiro, o filho mais velho do Sr. Djalma e da dona Beatriz teve uma infância simples no bairro de Bento Ribeiro. Arteiro, além de soltar pipa e jogar bola na rua, cuidava dos três irmãos e fazia algumas tarefas domésticas para ajudar os pais. Com isso, Nildo, como é conhecido, passou a ter responsabilidade, criou um elo forte com os irmãos e, aos poucos, com as experiências e desafios do dia a dia, foi se tornando o “cabeça” da família e um homem cheio de sonhos.
“Quando mais novo, eu pensava em ser engenheiro, pois eu gostava de construir coisas, mas eu não tinha condições de pagar a faculdade. Eu também queria ser atleta. Cheguei a jogar futebol de salão e a ser campeão carioca pelo Grajaú (1977), além de jogar futebol de campo, como juvenil, no Fluminense e no Madureira, mas não me profissionalizei. Com as intempéries da vida, precisei trabalhar para ajudar a minha família e foi aí que comecei a trabalhar na área de logística e não parei mais”, conta.
Em 1981, Vanildo obteve sua primeira oportunidade profissional como auxiliar de Almoxarifado na indústria farmacêutica Moura Brasil (fabricante de colírios), onde trabalhou por 12 anos. Em seguida, trabalhou no Laboratório Veterinário Bravet, depois na Companhia Brasileira de Antibióticos –CIBRAN até, em 2005, chegar em Farmanguinhos.
“Eu não esperava atuar em Logística, aconteceu. Eu precisava trabalhar e meu tio arrumou um emprego para mim na Moura Brasil. Mas eu me identifiquei muito com a área e decidi me especializar. Fiz Gestão em Logística, na Universidade Castelo Branco, e pós-graduação em Logística, na Veiga de Almeida, além de diversos cursos de capacitação na área. Cada empresa em que eu trabalhei, eu pude aprender, me desenvolver e crescer. Eu gosto muito do que eu faço”, revela.
Quando questionado sobre Farmanguinhos, ele não poupa elogios: “Entrei em Farmanguinhos como auxiliar de Almoxarifado. Embora, pela minha experiência, eu não fosse mais auxiliar, optei por encarar esse desafio porque vi na instituição uma oportunidade de crescer, de encarar novos desafios, de ter autonomia e de me desenvolver. Além disso, é uma instituição diferente das outras. Tenho muito prazer e orgulho em trabalhar aqui”.
Sobre seus momentos mais marcantes na carreira, ele destaca duas situações em Far: a auditoria da OMS e a sua promoção como supervisor do Serviço de Almoxarifado. “O fato de não ter passado na primeira auditoria mexeu muito comigo, pois havíamos nos empenhado bastante e tínhamos uma perspectiva muito boa do resultado. Mas não aconteceu e muitos culpavam o Almoxarifado. Isso me abalou muito, mas foi um aprendizado. A equipe se reuniu, fez levantamento de tudo, realizou as alterações necessárias e, na segunda inspeção, passamos e fomos muito elogiados. Outra ocasião memorável foi quando o Denílson Bastos me convidou para ser o responsável pelo Almoxarifado. Isso demonstrou confiança no meu trabalho e também reconhecimento”.
Nas horas livres, Nildo gosta de assistir televisão, mais precisamente jogos de futebol. Mas engana-se que ele só vê os do Mengão, seu time de coração: “Amo futebol, principalmente os esquemas táticos. Por isso, gosto de acompanhar os jogos dos outros times e avaliar como os técnicos organizam suas equipes, o desempenho dos jogadores… e trago isso para o meu dia a dia, inclusive para o trabalho, buscando sempre a melhor estratégia para obter os resultados desejados”, evidencia.
A respeito do futuro, ele pensa em realizar o Mestrado para poder transferir todo o conhecimento e experiência obtidos ao longo desses anos para o público jovem:
“Quero mostrar para eles que a logística é uma área boa, com muitas perspectivas, e passar tudo aquilo que sei. Além disso, agora com as minhas filhas já formadas, quero comprar um carro, viajar com a esposa e curtir a vida”, expressa.