Em visita ao Peru, diretor Jorge Mendonça participa de reuniões com autoridades do país andino a fim de formalizar novas cooperações
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Jorge Mendonça e Tereza Santos em reunião com autoridades peruanas no Instituto Nacional de Saúde do país andino. A visita teve como objetivo prospectar oportunidades de negócios para distribuição de medicamentos e formalizar parcerias em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação (Divulgação INS)
O diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, e a coordenadora do Centro de Empreendedorismo e Assistência Farmacêutica, Tereza Santos, fizeram uma visita a Lima, capital peruana, onde participaram de reuniões no Ministério da Saúde e órgãos de saúde pública do país andino. O objetivo foi prospectar oportunidades de negócios para distribuição de medicamentos para o Peru, bem como formalizar parcerias para troca de experiências em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação.
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Foi realizada ainda visita às instalações dos laboratórios e áreas administrativas do Centro Nacional de Controle de Qualidade do INS – CNCC, na sigla em espanhol (Arquivo)
Jorge Mendonça e Tereza Santos foram recepcionados na Embaixada do Brasil no Peru, pelo embaixador brasileiro, Rodrigo Baena Soares, e pelo diplomata Leonardo Loureiro Araújo. Eles participaram também de uma reunião com a ministra da Saúde, Silvia Ester Pessah Eljay, e outras autoridades peruanas. Durante o período (4 a 8/12), visitaram ainda o Instituto Nacional de Salud (INS), o Centro Nacional de Abastecimiento de Recursos Estratégicos en Salud (Cenares), e reuniram-se ainda com representantes do Seguro Social de Salud (Essalud).
Tal cooperação insere e projeta Farmanguinhos no cenário internacional, sobretudo latinoamericano, como um hub ou player na produção de medicamentos para doenças negligenciadas – Tereza Santos
Segundo Tereza Santos, houve muito interesse da ministra em adquirir alguns medicamentos produzidos por Farmanguinhos. “Foi também discutida a cooperação para transferência de tecnologia para o INS. Tal cooperação insere e projeta Farmanguinhos no cenário internacional, sobretudo latinoamericano, como um hub ou player na produção de medicamentos para doenças negligenciadas”, observa.
O encontro abordou temas como bioequivalência e biodisponibilidade de medicamentos sólidos para HIV, tuberculose e malária; controles físicos químicos e microbiológicos de medicamentos sólidos para hepatites virais e HIV; além de desenvolvimento de métodos próprios ou alternativos para a análise do controle de qualidade. Foi também abordada a experiência do Brasil na fabricação pública de medicamentos sólidos orais.
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Jorge Souza Mendonça recebeu de Hanz Vasques um presente com as principais atividades do INS (Arquivo)
De acordo com Tereza Santos, o diretor do INS, Hanz Vasques, ressaltou o compromisso de fortalecer a cooperação institucional com ênfase nas áreas de competência Farmanguinhos e da Fiocruz como um todo. Foi realizada uma visita às instalações do órgão peruano, apresentadas as áreas de atuação para possíveis cooperações técnico-científicas.
Ficou decidido que Farmanguinhos poderá trabalhar de forma colaborativa em diferentes frentes, tais como fornecimento de medicamentos para o Peru, transferência de tecnologia de alguns produtos, atualização das equipes técnicas do Peru em Controle de Qualidade e aspectos regulatórios, interlocução junto a Fiocruz para o desenvolvimento de parceria no fornecimento de padrões químicos, capacitação na área de plantas medicinais e fitomedicamentos, dentre outras áreas de atuação.
“Um dos principais entraves do INS, por exemplo, é a ausência de capacitação para execução dos estudos de Bioequivalência e Biodisponibilidade de medicamentos sólidos. Neste caso, a Fiocruz desenvolve estudos de bioequivalência, biodisponibilidade e farmacocinética no Setor de Equivalência Farmacêutica da Fundação, o SEFAR”, destaca Tereza Santos.
Jorge Mendonça explicou que a unidade pode desenvolver atividades colaborativas com outro órgão do INS, o Centro Nacional de Salud Intercultural (CENSI), que já possui iniciativas de trabalho conjunto para a investigação, coleta, manutenção e implantação de plantas medicinais conforme o ecossistema de cada espécie. Há, inclusive, um projeto iniciado pelo Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde da unidade (NGBS), coordenado pelo pesquisador Glauco de Kruse Villas Bôas.
Para o enfrentamento da crise de dengue e Chikungunya que afeta o país, Jorge Mendonça e Tereza Santos explicaram que a unidade desenvolveu o biolarvicida DengueTech, cuja patente gerou um produto licenciado. O inseticida biológico foi registrado recentemente no Peru.
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Construído artesanalmente, o objeto apresenta as atividades do Instituto Nacional de Saúdo do Peru – INS (Foto: André Nogueira)