Representante da Capes fica satisfeita  com visita feita a Farmanguinhos para avaliar condições acadêmicas, científicas e tecnológicas na área farmacêutica

Dentro de um mês deverá estar pronta a nova proposta que a Fiocruz submeterá à Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes) para que o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) disponha do Curso de Doutorado Profissional. Caso haja aprovação, Farmanguinhos passará a ser a primeira instituição brasileira a oferecer tal modalidade de ensino na pós-graduação na área 19 – Farmácia da Capes. Em paralelo, a Vice-Diretoria de Ensino, Pesquisa e Inovação (VDEPI) está trabalhando para pleitear, também, o Mestrado e Doutorado Acadêmico, o que atenderia antiga reivindicação dos pesquisadores ligados à ciência básica, explica o Coordenador do Mestrado de Farmanguinhos, Jorge Magalhães.

 

Da esquerda para a direita, o diretor Jorge Mendonça, recebeu a representante da Capes, Silvia Guterres, e contou com a ajuda da vice de Ensino, Pesquisa e Inovação, Erika Carvalho, e do coordenador do Mestrado Profissional, Jorge Magalhães, para deixá-la bem informada sobre a área de ensino de Farmanguinhos

A sensação de que Farmanguinhos está no caminho certo na área do Ensino foi confirmada durante visita que a Coordenadora da Área de Farmácia da Capes, Adjunta para a modalidade Profissional, Sílvia Guterres, realizou nesta 3ª feira (27/06), a Farmanguinhos, tanto no Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM), quanto em Manguinhos, nos Laboratórios de Produtos Naturais, Farmacologia, Plataforma Analítica e Síntese. No CTM, a visita foi acompanhada pelo diretor Jorge Mendonça, pela Vice de Ensino, Pesquisa e Inovação (VDEPI), Erika Carvalho, o Coordenador Jorge Magalhães e outros professores do Curso. No Castelo, Sílvia foi recebida pelo Vice-Presidente de Ensino da Fiocruz, Manoel Barral Neto, e pela Coordenadora Geral de Pós-Graduação (CGPG) da Fiocruz, Cristina Guillan.

 

Esta foi a primeira visita feita por um profissional da Capes, agência do Ministério da Educação (MEC), ao Curso de Mestrado e à Unidade. Segundo Priscila Rito, uma das professoras do curso, Sílvia saiu de Farmanguinhos “encantada com o que viu”. Durante palestra na Sala de Conferência do CTM, nos disse que éramos o único Curso na área de Farmácia no Brasil que dispúnhamos de infraestrutura adequada, tanto na área de ensino, quanto nas de pesquisa, desenvolvimento e produção farmacêuticos, contou o coordenador. Pesa, ainda, a favor de Farmanguinhos, o status de ser nota 4 – penúltima na escala (nota máxima é 05) – no Mestrado Profissional. O fato de ter nota 4 habilita pleitear o Doutorado Profissional, conforme nova regulamentação do MEC.

 

A primeira reivindicação para que Farmanguinhos obtivesse o Doutorado foi submetida à CGPGda Fiocruz. Isto porque é norma da Instituição preconizar que nenhum curso novo pode ser submetido a Capes sem antes ter havido duas avaliações externas. Assim foi feito no segundo semestre de 2016, e o resultado de aprovação para a efetiva submissão com ressalvas, melhorias, ocorreu no último fevereiro.  E, atualmente, a proposta está sendo adequada com o preenchimento dos itens relacionados aos critérios exigidos pelo MEC.

 

Em março, uma boa notícia vinda de Brasília animou a Coordenação de Pós-Graduação da Fiocruz: a regulamentação pelo MECdo Doutorado Profissional, Mais recentemente, quando Sílvia manifestou o desejo de conhecer Farmanguinhos, “por dentro”. Magalhães conta que, ao solicitar a visita, a professora argumentou que uma coisa era estar com papéis, e outra como aquelas informações listadas em documentos que recebia no gabinete, em Brasília, seriam retratadas na prática.

 

Após a visita, Silvia concluiu que, dentre as 66 instituições na área de Farmácia no Brasil a oferecer Mestrado Profissional, Farmanguinhos era a única com habilidade a pleitear um Doutorado Profissional. E no momento que a Capes publicar a portaria autorizando o início do Doutorado Profissional, explica Magalhães, Farmanguinhos passará a dispor de um Programa de Pós-Graduação. Não apenas do curso de Mestrado, como até agora, e, obviamente, os professores e alunos serão mais cobrados à luz do novo Programa, e cuja  avaliação passará a ser de notas de 1 a 7, não mais de 1 a 5.

Fotos: Edson Silva